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Investigação aponta que os ursinhos de goma da Haribo são feitos com trabalho escravo no Brasil

Um canal alemão levou ao ar uma investigação sobre a empresa de doces Haribo, fabricante global das gomas em formato de ursinhos e outras guloseimas. O documentário foi exibido na segunda-feira (23/10) e alega que a empresa depende de trabalho escravo para fabricar as gomas.

A investigação revelou que a cadeia produtiva de abastecimento da Haribo é depende de trabalhadores que estão em condições sofríveis no Nordeste do Brasil. A parte do documentário com o título Markencheck (Checando a Marca), mostra de forma detalhada a vida dos trabalhadores terceirizados da Haribo no Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.

A indústria de cera de carnaúba se baseia no trabalho mal pago e caminhos duvidosos. Existem arquivos de que menores de idade trabalham por longas horas na coleta de cera e ganham cerca de R$ 40 por dia.

Os trabalhadores dormem expostos a umidade da noite, não têm água potável, além de riachos próximos, e muitas vezes não tem acesso a banheiros.

Alemanha

Outra parte do documentário mostra a falta de higiene nas fazendas industriais da Haribo ao norte da Alemanha onde se criam porcos para confecção da Gelita, fonte da gelatina. Os porcos criados andam pelos chiqueiros alguns com feridas abertas e outros em decomposição.

As revelações feitas no documentário tiraram o sossego da sede da Haribo na Alemanha. A companhia escreveu para a VICE que vai fazer uma investigação rigorosa.

"Gostaríamos de enfatizar que ficamos extremamente preocupados com algumas das imagens mostradas no programa transmitido pelo canal alemão ARD. As condições das fazendas de porcos e das plantações brasileiras mostradas são insustentáveis.", escreveu um porta-voz da Haribo.

O representante escreveu ainda que: “As condições das fazendas de porcos e das plantações brasileiras mostradas são insustentáveis. Melhoras urgentes são necessárias nessas áreas, vamos insistir em sua implementação e não vamos descansar até que elas sejam feitas.”

(Com informações da VICE Brasil)

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