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Retirada de aroeira provoca desentendimento entre moradores 

A retirada de uma árvore da espécie aroeira está causando polêmica no condomínio Dulce Vitta, na BR-153, em Hidrolândia. Isso porque alguns moradores defendem a o corte com a argumentação de que ela prejudica na locomoção. Por outro lado, outros habitantes não aprovam a ação com a justificativa de que é necessária a preservação de uma árvore que os protege principalmente dos riscos da ventania.

Segundo a comerciante Mônica Candida dos Santos Gonçalves, um dos vizinhos teria pedido para que a prefeitura da cidade realizasse o corte na última sexta-feira (22/12). Os profissionais iriam começar a retirada quando ela exigiu uma licença para o ato. Sem os documentos necessários para tornar a ação legal, eles não prosseguiram com o corte.

Na manhã desta quarta-feira (27/12), engenheiros ambientais designados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Hidrolândia estiveram no local para uma avaliação das condições da aroeira e autorizaram a retirada.

No entanto, de acordo com a comerciante a ação não irá condizer com a vontade da maioria dos vizinhos do condomínio. Ela informou que não houve movimentação da associação dos moradores, que é composta por 14 lojistas. “Geralmente para este tipo de serviço é preciso abaixo-assinado e não houve nada disso. Somente um morador quer a retirada por implicância”, disse.

A mulher comentou ainda que o homem afirmou que cortaria a árvore de qualquer maneira, mesmo sem autorização. “Ele não tem o direito, não está na propriedade dele. Ela está na calçada próxima ao meu comércio”, afirmou.

O marido de Mônica trabalha com poda de árvores e para ele não necessidade do corte. “Não há riscos, a aroeira possui raiz profunda e isto impossibilita uma queda. Ela também não está doente e não prejudica ninguém”, informou o trabalhador Josimar Gonçalves da Costa.

A portaria n°83 de 1991 do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), proíbe o corte da aroeira e diversas outras espécies de madeiras consideradas nobres, sem plano de manejo, que precisa ser aprovado por órgãos ambientais. Até mesmo em desmatamentos autorizados, essas árvores não podem ser cortadas.

Resposta 

Em contato com o secretário do Meio Ambiente da cidade, Hugo Jose Borges de Jesus, foi informado que engenheiros ambientais realizaram uma vistoria conforme os padrões preestabelecidos para estes casos. Além disso, afirmou que os profissionais emitiram um laudo em que aprovam a retirada. Até o fechamento da reportagem o documento não havia sido disponibilizado.

Fotos: Arquivo Pessoal


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