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O empresário Jair da Silva, de 47 anos, teve seu nome ligado na última segunda-feira (08/01), ao grupo empresarial que encomendou um ritual satânico em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Ele teria pago cerca de R$ 25 mil pela ação para ter bons resultados nos negócios, em troca, dois irmãos foram esquartejados.
No dia 4 de setembro de 2017, o homem chegou a compartilhar uma reportagem em suas redes sócias que falava sobre a descoberta dos corpos dos irmãos. Eles foram encontrados perto da propriedade do empresário em Lomba Grande, Novo Hamburgo. Depois de quatro meses da publicação, ele tornou-se suspeito de participar do ritual. Segundo o site Diário Gaúcho, os delegados responsáveis afirmam que as postagens soam como deboche. O material foi anexado ao inquérito.
Bastante conhecido na cidade, Jair disputou o cargo de vereador duas vezes. Em 2004 se afilou ao PT e recebeu 355 votos. Apesar de ter sido eleito como suplente, nunca exerceu a função. A segunda tentativa aconteceu oito anos depois, desta vez pelo PMDB. Desta vez, recebeu três vezes a menos de votos. De acordo com a imprensa gaúcha, ele teria gasto 2,4 mil e recebido aproximadamente R$ 400 mil de apoiadores.
Os moradores da região disseram estar surpresos com o ocorrido. “O Jair era bem conhecido em Lomba Grande: anos atrás, pegava resto de frutas em um mercado em Novo Hamburgo, criava porcos e vendia. Sempre foi honesto e educado. Nunca aparentou ser uma pessoa ruim”, afirmou um vizinho.
Conforme apurações do site GaúchaZH, o empresário vendia imóveis com um sócio identificado como Paulo Ademir Norbert (que está foragido). Ambos não possuíam registro para atuar como corretor de imóveis e possuem passagens pela polícia pelo crime de estelionato.
Um homem que negociou dois terrenos com o suspeito afirmou que está assustado. “Para mim, não teve nada de errado. Ele, inclusive, falava sobre a palavra de Deus. Mas depois que o crime veio à tona, ficamos assustados”, disse.
