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Escritora afirma que toda mulher deveria ser assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz

No último domingo (07/01), a maioria das atrizes de Hollywood realizaram um manifesto singelo durante a 75ª edição do Globo de Ouro, ao desfilarem no tapete vermelho usando looks pretos em um ato contra o assédio sexual no cinema.

O momento mais marcante do evento foi quando a jornalista Oprah Winfrey fez um discurso falando sobre assédio. No entanto seu discurso acabou provocando várias reações, tanto positivas quanto negativas, em todo mundo.

No Brasil, a escritora Danuza Leão, por exemplo, reagiu de forma negativa ao discurso da jornalista, em um texto que ela questiona os limites para o que é ou não é considerado assédio.

Confira o texto:

"O que não está claro para mim é o conceito de assédio. É uma paquera? Avanços sexuais entre homens e mulheres começam sempre de um lado. Às vezes, o outro lado não quer, e isso é normal. Como definir? Espero que essa moda de denúncia contra assédio sexual não chegue ao Brasil. O que aconteceu no Globo de Ouro me pareceu um grande funeral. Apesar dos vestidos lindíssimos, acho que aquelas mulheres (que foram à cerimônia de preto) foram muito pouco paqueradas e voltaram sozinhas para casa. Não acho que as denúncias de assédio possam gerar uma ‘caça às bruxas’ porque são uma coisa ridícula, para começo de história. É doloroso saber que uma mulher pode fazer uma acusação e tirar o emprego de um homem. É algo pecaminoso. Mas isso é coisa de americano. Lá eles não têm noção de sexo. É ótimo passar em frente a uma obra e receber um elogio. Sou desse tempo. Acho que toda mulher deveria ser assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz. Viva os homens."

Após a publicação do texto, várias pessoas se manifestaram contra a afirmação da escritora, seu nome chegou a ser um dos assuntos mais falados no Brasil nesta quarta-feira (10/01) e até mesmo os netos de Danuza, Rita Wainer e João Wainer, se posicionaram contra o texto da avó.

Nara Leão enfrentou a ditadura militar e de costumes, cantou ritmos discriminados e marcou a história da música brasileira, seja cantando Bossa Nova, samba de raiz, Tropicália ou Jovem Guarda. Uma mulher dessas ser irmã da Danuza Leão é algo que eu jamais vou aceitar As declarações de Danuza Leão e de Catherine Deneuve não surpreendem. Nós, mulheres, também fomos criadas para reproduzir o machismo. Isso, porém, não tira a importância e a coragem das mulheres que denunciam o assédio em uma indústria poderosa como Hollywood. pic.twitter.com/yTX1k9eTYv — Lídice da Mata (@lidicedamata) 10 de janeiro de 2018 — Rosa de Nagasaki (@anacronices) 10 de janeiro de 2018

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Foto/Twitter Reprodução

??‍♀️não, não pode.

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