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Situação de cemitério preocupa moradores

  •  Moradores cobram solução, como a construção de muro maior e mais seguro


O Cemitério Parque, localizado na região norte da cidade, nunca foi referência no tipo de serviço que oferece. Pela sua própria condição pública – as pessoas são enterradas ali em jazigos doados pela Prefeitura – o local sempre suscitou muitas de­mandas. Porém, nos últimos tem­pos o cemitério tem sido uma cons­tante em reclamações referentes a melhoria. O vereador Jair Diamanti­no (PSDC) diz que o local é palco da falta de cuidado com a população.

O mato alto toma conta das ala­medas entre os túmulos e a sujeira é uma constante. No local, é comum o lixo orgânico: ossos e objetos dei­xados como oferendas. O mau chei­ro atrai cachorros e outros animais o que contribui para que o cenário fi­que ainda mais assustador.

Na última semana, pedaços de caixões e outros paramentos fúne­bres davam o tom do abandono e o descaso com o local. Luvas e máscaras cirúrgicas junto a esses despojos indicavam que estes fo­ram retirados de túmulos em pro­cessos de exumações.

Jair conta que apurou quais são os principais gargalos do local e que estes não têm sido diferentes dos que se observa nos demais logra­douros públicos da cidade, como praças e parques. Ou seja: falta lim­peza, roçagem, segurança, obras de infraestrutura–dentre elas, a cons­trução de um muro mais alto que impediria a entrada de pessoas sem autorização e mesmo animais.

A questão do muro acaba sen­do pontual já que, embora a Pre­feitura tenha prometido fazer a obra, os trabalhos esbarraram numa lei que impede que muro acima de 2,10 metros seja ergui­do em volta da área.

Outra lei, de autoria do verea­dor Paulinho Graus (PDT), con­seguiu reverter est situação, ten­do sido aprovada a construção de muro de 3,10m. “Agora é esperar a boa vontade do poder público”, afirma Diamantino que, na tarde de segunda-feira, 20, fez mais uma vez visita ao cemitério.

O vereador destaca que só de seu gabinete foram dezenas de ofí­cios aos diversos órgãos da Prefei­tura solicitando serviços de manu­tenção, como roçagem, segurança, obras e contratação de pessoal para melhorar o Cemitério Parque.

Poucos foram atendidos. Além de fazer novos ofícios e requerimen­tos, Diamantino disse que, a partir de agora, vai ser mais rigoroso na fis­calização da lei municipal 9.977/16 e que altera a lei 8.908/10 e que dis­põe sobre os serviços funerários de Goiânia. Em seu artigo 11, a lei prevê que o recolhimento de 10 % de todo o faturamento bruto calculado so­bre os serviços funerários de corpos sepultados no Município devem ser revertidos para o aparelhamento da Central de Óbitos e manutenção dos cemitérios públicos. “Quere­mos acompanhar o direcionamen­to dessa verba. A situação em que se encontra, hoje, o Cemitério Parque é um desrespeito a quem partiu e mais ainda aos que ali têm sepulta­dos seus entes queridos”.

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