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Como vive o goiano

  •  Estudo elaborado pelo IBGE revela hábitos e gostos do morador de Goiás. Mais de três quartos de todos domicílios, 80,1%, apresentavam piso de cerâmica, lajota ou pedra

A pesquisa Módulo Temá­tico Pnad–Contínua: Ca­racterísticas dos Domicí­lios e Moradores, elaborada pelo IBGE e agora anunciada, traz da­dos sobre domicílios (cobertura e material das paredes, se pró­prio ou alugado, principais bens duráveis existentes, presença de banheiro, ligação com rede geral de abastecimento de água, esgoto e energia elétrica e destinação do lixo) para 2016 e 2017, e seus mo­radores (distribuição geográfica da população, sexo e idade e cor ou raça), de 2012 a 2017.

No Estado de Goiás em 2017, foi estimada a existência de 2,3 milhões de domicílios, dos quais 513 mil situados em Goiânia, ou seja, 22,1% dos domicílios do es­tado concentravam-se na capital. No mesmo ano, no Brasil a esti­mativa era de 69,8 milhões de do­micílios. Comparando com o ano de 2016, no Brasil tivemos um au­mento de 0,8% de unidades domi­ciliares, enquanto em Goiás esse aumento foi de 2,6%. Quando pes­quisada a condição de ocupação, o morador informava se o imóvel era próprio, alugado ou cedido.

Material predominante nas pa­redes, piso e telhado a Pnad Contí­nua investigou as seguintes caracte­rísticas do domicílio: material usado nas paredes externas, material pre­dominante na cobertura e material predominante no piso. Em 2017, 94,5% dos domicílios goianos, as paredes externas eram de alvena­ria/taipa com revestimento, quan­do esse percentual para o Brasil era de 88,5%. Em Goiânia predominam também domicílios com as paredes externas de alvenaria/taipa com re­vestimento, representando 96,2%

No Estado goiano, mais de três quartos de todos os domicílios, 80,1%, apresentavam piso de ce­râmica, lajota ou pedra, quando no Brasil esse percentual era 76,9%. Piso de cerâmica, lajota ou pedra predominou nos domicílios tam­bém em Goiânia, em 91,6%. Em Goiás, mais da metade dos domi­cílios, 69,5%, possuíam telha sem laje de concreto como material predominante na cobertura, en­quanto no Brasil esse percentual era de 51,2%. Já em Goiânia, a pre­dominância é de telha com laje de concreto (42,8%), e telha sem laje de concreto estava presente em 40,1% dos domicílios.

SERVIÇOS BÁSICOS

A pesquisa levantou também informações sobre os serviços essenciais de saneamento bási­co que são de extrema importân­cia para a melhoria das condições de vida e saúde da população, tais como: abastecimento de água, presença de banheiro no domicí­lio e esgotamento sanitário, desti­no do lixo e energia elétrica.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Em Goiás, 99,7% dos domicí­lios possuíam água canalizada, en­quanto no Brasil esse percentual era de 97,2%. Em 86,2% dos domi­cílios goianos com água canaliza­da, a principal fonte de abasteci­mento de água era a rede geral de distribuição, enquanto no Brasil esse percentual era de 85,7%. Desse contingente, em 94,2%, a disponi­bilidade da rede geral era diária em Goiás e 86,7% no Brasil. A frequên­cia era de 4 a 6 vezes na semana no território goiano em 2,8% dos do­micílios; e de 1 a 3 vezes na sema­na em 2,5% dos domicílios goianos. Em Goiás, em 7,2% dos domicílios, a principal fonte de abastecimento de água era poço profundo ou arte­siano; em 4,4%, era poço raso, freá­tico ou cacimba; e fonte ou nascen­te eram a principal fonte em 2,1%.

PRESENÇA DE BANHEIRO E SANITÁRIO NO DOMICÍLIO

Estimou-se em Goiás que 99,7% dos domicílios possuíam banhei­ro de uso exclusivo. No Brasil esse percentual foi de 97,7%. Em 1,2 mi­lhão de domicílios goianos, o es­coamento do esgoto era feito atra­vés da rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede, representan­do 53,1% do total de domicílios. No Brasil esse percentual era de 66,0%. Já o esgotamento sanitário era por meio de fossa não ligada à rede em 46,5% dos domicílios em Goiás e no Brasil em 30,3%.

DESTINO DO LIXO

Em 2017, o percentual de domi­cílios cujo lixo era coletado direta­mente por serviço de limpeza foi de 84,4% em Goiás e 82,9% no Brasil. O lixo era coletado em caçamba de serviço de limpeza em 5,8% dos do­micílios goianos e em 7,9% no terri­tório brasileiro. Em 5,8% dos domi­cílios goianos o lixo era queimado na propriedade, enquanto esse per­centual era de 7,9% no Brasil.

ENERGIA ELÉTRICA

Estimou-se que 99,7% dos do­micílios em Goiás possuíam ener­gia elétrica e 99,8% no Brasil, seja através da rede geral ou fonte al­ternativa. No Estado goiano 99,4% dos domicílios recebiam energia elétrica proveniente da rede geral, com 97,0% destes com disponibi­lidade em tempo integral.

POSSE DE BENS E SERVIÇOS

A Pnad-Contínua também in­vestigou a existência de alguns bens (telefone móvel celular ou fixo convencional, geladeira, má­quina de lavar roupa, televisão, má­quina de lavar, microcomputador, carro) e serviços (TV por assinatu­ra, acesso à Internet nos domicí­lios). Em 2017, verificou-se que em 96,5% dos domicílios goianos, pelo menos um morador possuía tele­fone móvel celular, enquanto que telefone fixo convencional era en­contrado em apenas 27,2% dos do­micílios goianos. No Brasil, o per­centual de domicílios que possuía telefone móvel celular era de 92,7% em 2017 e que possuía telefone fixo convencional era de 32,1%.

Goiânia está entre as três capi­tais com maior percentual de do­micílios em que pelo menos um morador possuía telefone móvel celular, com 98,2%, ficando atrás apenas de Palmas (99,0%) e Vi­tória (98,4%). A posse de máqui­na de lavar roupa foi registrada em 69,6% dos domicílios goia­nos e 63,8% dos domicílios bra­sileiros. Em 2017, 96,6% dos do­micílios em Goiás e 96,8% dos domicílios no Brasil possuíam te­levisão. A presença de microcom­putador (inclusive portáteis) em Goiás estava em 44,4% dos do­micílios, enquanto no Brasil foi registrado em 44,0% dos domi­cílios. Em Goiás, o percentual de domicílios que possuíam carro foi de 57,8%, motocicleta, 29,7%, en­quanto 17,0% dos domicílios pos­suíam ambos. No Brasil, 47,6% possuíam carro, 22,4%, motoci­cleta e 10,8%, ambos.

O acesso à Internet no domi­cílio por parte de algum mora­dor chegou a um percentual de 74,1% em Goiás, 70,5% no Bra­sil. Foi pesquisado o acesso atra­vés de alguns equipamentos, apresentando os percentuais de Goiás e Goiânia, respectivamen­te: 73,5% e 87,6% para telefone ce­lular; 35,1% e 53,6% para micro­computador; 8,4% e 15,8% para tablet; 10,0% e 17,8% para TV; e 0,7% e 2,1% para outro equipa­mento. No gráfico, podemos com­parar o uso de diferentes meios para acesso à internet em 2016 e 2017. E na tabela abaixo acompa­nhar o aumento do acesso à inter­net entre 2016 e 2017.

DISTRIBUIÇÃO

Em 2017, a população residen­te em Goiás foi estimada em 6.779 mil pessoas, 6,9% maior que em 2012, quando a população foi es­timada em 6.342 mil pessoas, va­riação superior a nacional que registrou um aumento da popula­ção residente de 4,2% entre 2012 a 2017. Goiânia, por sua vez, teve a população residente estimada em 1.466 mil pessoas em 2017, sendo 6,7% maior do que 2012 (1.374 mil pessoas).

 Pesquisa por sexo e grupos de idade

Em Goiás os homens repre­sentavam 48,8% da população residente e as mulheres corres­pondiam a 51,2%, não sendo ve­rificada alteração relevante nes­sas participações entre 2012 e 2017. A estrutura etária, repre­sentada a seguir, mostra a evo­lução do número de pessoas re­sidentes em relação ao total da população de Goiás, por sexo e grupos de idade, de 2012 a 2017.

Foram mantidos o alargamen­to do topo e o estreitamento da base desta estrutura, evidencian­do a tendência de envelhecimen­to populacional. Entre os homens, houve aumento em quase todas as faixas a partir da faixa de 35 a 39 anos e redução dos percentuais em quase todas as faixas etárias até 34 anos. Já entre as mulheres, observou-se redução dos percen­tuais até a faixa de 30 a 34 anos de idade, e aumento nas seguintes.

A população goiana masculi­na apresentou padrão mais jovem que a feminina: na faixa etária até 24 anos, os homens totalizavam, em 2017, 19,0% (20,4% em 2012), enquanto as mulheres, 18,0% (20,4% em 2012). Por outro lado, os homens de 60 anos ou mais de idade correspondiam a 6,2%, da população goiana em 2017 (4,9% em 2012) e as mulheres desta faixa etária, 7,1% (5,3% em 2012). A faixa etária até 34 anos, de 2012 (58,5%) até 2017 (52,2%), correspondia a mais da metade da população, tanto a população masculina quanto feminina.

Em 2012, o grupo das pessoas de 60 anos ou mais de idade (ho­mens e mulheres) representava em Goiás 10,2% da população residente, porém, em 2017, esse percentual cresceu para 13,2%. O contingente de pessoas nes­sa faixa etária cresceu em 38,3%. No entanto, a parcela de crianças de 0 a 9 anos de idade na popu­lação residente passou de 14,7% para 13,1% no período. Houve uma redução de 5,1% do con­tingente de pessoas nessa faixa etária. Para Goiânia em 2012, o grupo das pessoas de 60 anos ou mais de idade representava 10,9% da população residente, porém, em 2017, esse percentual cres­ceu para 13,6%.

O contingente de pessoas nes­sa faixa etária cresceu em 28,1%. Já a parcela de crianças goia­nienses de 0 a 9 anos de idade na população residente passou de 11,9% para 12,3% no período. Houve um crescimento de 13,4% do contingente de pessoas nessa faixa etária indo de encontro com a tendência nacional e estadual.

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