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Cadê o gás que tava aqui?

A greve dos caminhoneiros, que ocasionou grande de­sabastecimento no País, acabou há uma semana, mas ain­da hoje os reflexos do movimen­to afetam a economia. Segundo dados do Sinergás–Sindicato das Empresas Revendedoras de gás da região Centro-Oeste, 75% dos revendedores de gás no Estado de Goiás estão sem o produto para vender ao consumidor.

César Souza, proprietário de uma revenda na Vila Nova em Goiânia há 10 anos, diz que nun­ca viveu uma situação de desabas­tecimento igual a atual. “Ficamos uma semana sem gás na minha revenda durante a greve dos ca­minhoneiros. A greve acabou há uma semana mas até hoje a situa­ção não se normalizou. Na sexta passada fomos abastecidos com 120 botijões de gás para atender uma fila de espera de 400 pessoas. Acabou tudo rapidinho. Estamos recebendo cerca de 120 botijões por dia e a fila de espera já tá che­gando na casa de 500 pessoas dia­riamente. Não dá nem pro cheiro”, afirma o revendedor.

O comerciante diz ainda que muita gente está comprando mais de um botijão de gás e estocando o produto com medo de que a greve volte e falte gás no merca­do. “Esta situação acaba compli­cando tudo já que a distribuido­ra limita a distribuição de gás por região”, frisa o revendedor.

O presidente do Sinergás, Zenil­do Silva, confirma a versão do re­vendedor e pede a população que não compre mais de um botijão de gás. Zenildo afirma que não falta gás no mercado e que a reorganização da distribuição é uma questão de tempo. Nega também que os pos­tos estão estocando botijões de gás para majorar os preços.

“Não existe isto. Nenhuma re­vendedora está escondendo gás. É uma questão de tempo a nor­malização da distribuição. Temos 3.500 postos de revenda de gás em todo o Estado de Goiás, des­tes, 75% por cento não tinha o produto nesta terça-feira. E a po­pulação está contribuindo para esta situação ao comprar mais de um botijão e estocar gás. Além dos consumidores normais, a dis­tribuição é feita também em es­colas, indústrias e hospitais. A regularização é uma questão de tempo, mais ou menos uma se­mana, mas se a população con­tinuar estocando, pode durar até mais de 10 dias para normalizar a revenda de Gás em todo o Estado de Goiás”, afirma Zenildo.

O presidente do Sinergás diz ainda que a população tem que reagir contra donos de revenda que estão aproveitando da situa­ção para majorar os preços do bo­tijão de gás. De acordo com ele o preço do gás hoje em Goiás gira em torno de 70 a 80 reais. Acima disso, é caso de Procon, caso de polícia. Na semana passada al­guns consumidores denunciaram que tinha revenda em Goiás ven­dendo o botijão de gás com valo­res entre 120 a 150 reais.

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