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COTIDIANO

Cuidadores unidos

Recém nascidos, idosos, doentes, pessoas especiais e hospitalizados precisam de cuidados especiais. Entretan­to, as pessoas que cuidam muitas vezes passam despercebidas pela família ou amigos. São os denomi­nados ‘cuidadores’.

Esses ‘cuidadores’ perdem (ou ganham) suas vidas se dedican­do ao necessitado. Relação com­plexa, que importa na doação da vida de quem cuida àquele que está sendo cuidado.

Visando formar pessoas prepa­radas para lidar com esta situação é que foi criada a Associação dos Cuidadores de Idosos e Similares de Goiânia e Região Metropolitana ACIS-GRM, cuja presidente é Edna­mar Aparecida Oliveira Silva.

A associação visa qualificar pessoas para que possam servir a este público alvo,dentro de aspec­tos específicos que envolvem essa atividade. Ednamar considera que o familiar que cuida também faz parte do grupo associado.

“Cuidar da casa é diferente de cuidar de um doente”, afir­ma, uma vez que a atividade de cuidador não suporta que uma mesma pessoa desenvolva esses dois ou mais tipos de serviços, uma vez que o cuidador precisa estar atento aos passos do cuida­do, para que sua situação não se complique ainda mais.

“Cuidador” não é profissão re­conhecida pela legislação brasi­leira”, esclarece. “Se enquadra na categoria ‘ocupação’. A carteira de trabalho está assinada como do­méstico, mas nas anotações fica assentado o n.º 5.162/10.”

São cinco as denominações de cuidadores: a babá, cuida­dor de pessoas com necessida­des especiais, doenças raras, a crecheira e o cuidador de idosos.

BABÁ

Ednamar Aparecida, ao orga­nizar a associação, quer proteger o trabalhador para que ele não desenvolva outras atividades que não sejam próprias da atividade do cuidador. Para isso, exemplifi­ca o trabalho da babá, que se en­quadra na categoria ocupacional de cuidador: seu trabalho se res­tringe a cuidar da criança, orga­nizar o quarto e no máximo lavar as roupinhas do bebê, mas não pode ser estendido a arrumar a casa ou fazer a comida da famí­lia contratante, pois tais ativida­des podem levar ao comprome­timento daquele que está sendo cuidado, que por ser incapaz de responder pelos seus atos, preci­sa ser monitorado. Idosos podem quebrar o fêmur, por exemplo, justamente porque não estavam sendo acompanhados com a de­vida atenção. Tal fato para Ed­namar Aparecida é considerado exploração, já que o contratado estaria desenvolvendo outras ati­vidades que não aquelas para a qual foi empregado, além de ex­pôr em risco a vida da pessoa que está sendo cuidada. Quem deixa uma pessoa que está sendo cui­dada, a qual poderá se acidentar e ainda responder um processo judicial por negligência.

Orientação sobre os direitos trabalhistas da classe, orienta­ção jurídica, acompanhamen­to psicológico, físico e mental é o que a associação pretende oferecer a seus associados. Ou­trossim, quer buscar parcerias em hospitais, planos de saúde, universidades, cooperativas de médicos e afins.

Ednamar Aparecida esclarece ainda que a associação não tem fins lucrativos, e pretende se fir­mar como ponte entre o cuidador e a família do cuidado.

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