A Associação para Cuidado de Câncer em Goiás, entidade sem fins lucrativos, fundada em 2014, foi criada com o propósito de dotar o Estado de Goiás de uma estrutura inteligente, equipamento de primeira linha em diagnósticos, construção multifuncional, para prevenção e combate ao câncer. A prefeitura de Inhumas acampou o projeto e doou uma área de 70.000 m² às margens da Go 070, Km 47. Trata-se do Hospital de Câncer de Goiás, com projeto final de 600 leitos. As obras já começaram e a estimativa é de que em 90 dias a primeira etapa esteja em funcionamento.
A proposta é a de que o hospital seja um centro de referência para diagnóstico, tratamento e prevenção dos casos de câncer, com estrutura de primeira linha, disponibilizando ambulatórios, enfermaria, pronto-socorro 24 horas, clínica para diagnósticos, consultórios médicos e outros profissionais correlatos, para uma atuação multidiciplinar, além de um centro de radioterapia e quimioterapia, laboratórios de análises clínicas e anatomia, centro cirúrgico, Uti, Cti, área de reabilitação, instalações para hospedagens e acompanhantes além da estrutura de apoio como lanchonetes, restaurantes, dentre outros e estacionamento para mil vagas.
A intenção é a de que haja 5 mil atendimentos mensais, entre consultas, exames e demais procedimentos, visando a humanização do paciente e de sua família.
Como entidade filantrópica, tem como objetivo o atender a demanda reprimida com tratamentos, internações, diagnósticos e prevenção ao câncer em Goiás e no Brasil, com atendimento 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde), parcerias são fundamentais. A intenção é firmar convênios com entidades socialmente reconhecidas, tanto no brasil quanto no exterior.
Wagner Miranda, presidente da ACCEG (Associação Para Cuidado de Câncer em Goiás), médico e idealizador do projeto, pensou em realizar um projeto que pudesse proporcionar à comunidade em geral, sem distinção de qualquer ordem, atendimento ágil com estrutura física humanizada e eficiente, através de tecnologia de ponta e corpo clínico preparado e capacitado.
OBRAS
As obras já são uma realidade e a primeira etapa está sendo levantada com a previsão de que em 90 dias o hospital esteja apto para atender 200 pessoas/ dia. Para a construção, as doações voluntárias são fundamentais, de modo que tanto pessoas físicas como jurídicas participar, além de entidades públicas.
Em 2017 houve a ocorrência de 576.070 novos casos de câncer, incluindo os de pele não melanoma. Desses, 49% (205.960) em mulheres e 51% (214.350) em homens. Esses números precisam ser considerados. Excluindo os casos de câncer de pele não melanoma, estima-se um total de 420.310 novos casos.
Os tipos mais comuns entre as mulheres são o de pele não melanoma, mama, colorretal, colo de útero e pulmão. Entre os homens, estão listados do de pele não melanoma, próstata, pulmão, colorretal e estômago. O câncer infantil vem se alastrando de forma progressiva e corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e pode ocorrer em qualquer local do organismo. As maiores ocorrências são leucemias (que afetam os glóbulos brancos), sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).
Também são comuns entre crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), Tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (retina/fundo do olho), tumor germinativo (de células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores nas partes moles).
No Brasil, o câncer já representa a maior causa de mortes (8%) por doenças entre crianças e adolescentes de 01 a 19 anos. Estima-se que ocorreram cerca de 12.600 novos casos de câncer em crianças e adolescentes no Brasil em 2017. As regiões Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números de casos novos, 6.050 e 2.750, respectivamente, seguidas pelas regiões Sul (1.320), Centro-Oeste (1.270) e Norte (1.210), segundo do Inca (Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde).