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Psicóloga dá dicas para manter um relacionamento saudável

Olhos brilhantes, borbo­letas no estômago, mãos indecisas, discurso dife­rente e sorriso frouxo. O começo de um relacionamento é uma de­lícia, são sentimentos novos que vão desabrochando com cada descoberta. Mas, há quem diga que fazer as emoções durarem no decorrer dos anos de um namoro não é uma tarefa fácil.

Segundo a psicóloga Aline Melo, conviver com alguém diferente é um exercício de paciência e de res­peito. “Não há receita para fazer um namoro dar certo, pois cada indi­víduo tem uma necessidade dife­rente. Mas, quando conseguimos respeitar e reconhecer os nossos li­mites e os do outro, as chances de viver um relacionamento saudável são maiores”, explica.

Pé no chão é o segundo segre­do para um relacionamento. A psi­cóloga ressalta que é importante entender que uma relação há mo­mentos felizes e outros não. “Lidar com nossos sentimentos já é di­fícil, imagine quando envolve os de outra pessoa também. É im­portante sabermos que todo na­moro passa por crises e situações necessárias de serem discutidas, as famosas DRs”, brinca.

Mas, há diferenças entre dis­cussões corriqueiras e um namoro que já não está mais fazendo bem para um ou para ambos. Ausên­cia de respeito, honestidade, críti­cas constantes, ciúmes excessivo e desconfianças são sinais de que há algo errado e talvez seja o momen­to de não continuar com a relação.

Conforme a psicóloga, o ideal de um relacionamento é que um sinta prazer com a companhia do outro e trabalhem juntos o cresci­mento da relação. É importante praticar o diálogo e evitar a busca pelo par perfeito, aceitando o ou­tro como ele é, sem expectativas e frustrações. Administrar a rotina também é um desafio para o bem­-estar do relacionamento.

CIÚME

Um vilão das relações amorosas saudáveis é o ciúme. “É um senti­mento comum do ser humano e está voltado ao desejo da exclusi­vidade dos afetos e atenção. Sentir ciúme é normal, porém quando co­meça a gerar conflitos é importan­te identificar se há razão para isso. Muitas vezes, pode ser resultado de uma autoestima baixa, o que leva ao medo de perder a pessoa ama­da”, esclarece a profissional.

Em alguns casos, o ciumento tor­na-se controlador, checando celular, mensagens, e-mails e redes sociais do parceiro. Curtidas, solicitações de amizade e comentários em posts de aplicativos e sites podem poten­cializar o ciúme. “Definir e acordar limites para o uso das redes sociais, respeitando as próprias vontades e as da pessoa amada é uma pos­sibilidade para dar mais seguran­ça e diminuir as angústias”, aconse­lha Aline Melo. Já pedir para que o parceiro abandone as redes não é a melhor solução, uma vez que des­ta forma o ciumento não enfrenta as situações que o ameaçam, tor­nando-o ainda mais inseguro.

Entretanto, a psicóloga afirma que, apesar de serem tão comple­xas as relações amorosas, os be­nefícios ao cérebro e ao corpo são muito maiores. “Muitos hormô­nios como a noradrenalina, dopa­mina e endorfina são ativados no contato com a pessoa amada, re­fletindo em nosso estado de hu­mor e fazendo com que o enfren­tamento dos problemas seja mais leve do que o comum”, afirma.

Lidar com nossos sentimentos já é difícil, imagine quando envolve os de outra pessoa também” Aline Melo

Casados presenteiam mais

A estabilidade financeira e a vontade de manter o clima romântico no relacionamento são as principais motivações para que os casados presenteiam mais no Dia dos Namorados. É o que aponta a pesquisa de intenção de compras para a data realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O levantamento revelou que 64% dos brasileiros que pretendem presentear nesta data são casados.

Namoro dentro da empresa é problema?

Com uma jornada laboral diária de oito horas, ou seja um terço dia, não é de se estranhar que muitos namoros e até casamentos surjam no ambiente de trabalho. A compatibilidade e convivência rotineira também favorece esse tipo de situação, que pode ser um problema se o casal não souber separar as coisas.

Essa pelo menos é a avaliação da master coach, especializada em alta performance, Karine Nascimento. Segundo a especialista, o interesse por uma pessoa pode surgir a qualquer hora ou em qualquer lugar, inclusive no trabalho. “As pessoas precisam saber separar a vida profissional da afetiva, até mesmo para preservar a relação e o bom clima organizacional na empresa”, afirma.

Mesmo que existam empresas que sejam resistentes em aceitar namoros no ambiente de trabalho, impedir relacionamentos amorosos entre funcionários é proibido. É o que prevê o artigo 5º, inciso X da Constituição Federal, ao afirmar que “são invioláveis a intimidade e a vida privada das pessoas”. Mas a forma de lidar diariamente com a situação varia em cada empresa.

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