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Encontros de redes sociais já superou a antiga paquera

Atire a primeira pedra quem nunca usou as redes sociais para interagir com outra pessoa. São 102 milhões de brasileiros que se conectam no Facebook, e 50 mi­lhões de usuários brasileiros ati­vos no Instagram. O Brasil tem 116 milhões de pessoas conec­tadas à internet, o equivalente a 64,7% da população com ida­de acima de 10 anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C), do Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE).

E diante todos estes números uma característica da sociedade mudou: a paquera. De acordo com uma pesquisa do YouGov, 60% dos brasileiros participam de redes de relacionamento, destes, 92% gos­tam de conhecer pessoas através dos aplicativos. A cada semana, acontecem cerca de um milhão de encontros no Brasil.

O comportamento sexual e amoroso está passando por uma revolução, conforme com a mat­chmaker Jennifer Lobo, as mu­danças têm traços positivos e negativos. “A possibilidade de es­colha é infinitamente maior, pes­soas que nunca se encontrariam, agora podem se conectar através das redes, isto é positivo”.

Contudo, para ela, uma das mudanças de hábito diante des­sa quantidade de opções é que a tolerância com os defeitos do ou­tro diminuiu. “Antes da era vir­tual, nem sempre os primeiros encontros eram incríveis, mas as pessoas se dedi­cavam a conhe­cer melhor o parceiro, até se envolver. Hoje, a desistência é mais fácil. Quando percebem os defeitos no outro, já partem para outras opções disponíveis no mundo do online.”

A especialista em relaciona­mento acredita que o romance na era digital irá crescer mais, uma vez que já virou objeto de estudos, tema de artigos, monografias e até livros. E é o celular que está de­sempenhando parte fundamental dos novos relacionamento, tanto para mantê-los, quanto para ter­miná-los. Cerca de 56% das pes­soas já utilizaram mensagens para terminar um relacionamento.

TRAIÇÃO VIRTUAL

Nem tudo são flores. Apesar da internet facilitar as relações amo­rosas, com a digitalização, sur­gem outros problemas, entre eles a desconfiança. Quando o assun­to é traição, 46% desconfiam da fidelidade dos parceiros conhe­cidos pela internet. Ao todo, 70% não veem a diferença entre a trai­ção online ou física, enquanto 23% acham que enviar “nudes” e con­versas picantes, são uma forma menos séria de traição. Os 7% res­tantes acham que é ainda mais sé­ria do que uma traição ao vivo.

Antes da era virtual, nem sempre os primeiros encontros eram incríveis, mas as pessoas se dedicavam a conhecer melhor o parceiro, até se envolver. Hoje, a desistência é mais fácil. Quando percebem os defeitos no outro, já partem para outras opções disponíveis no mundo do online”

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