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Segundo semestre mostra a cara: volta da inflação. Gasolina e gás mais caros

Depois da greve dos cami­nhoneiros o Brasil enfim pare­ce ter acordado para a realidade. Vivemos realmente uma grande crise. O desemprego continua nas alturas. A inflação voltou a subir como há muito não ocor­ria. A gasolina e o gás de cozinha subiram e não baixaram mais. E os preços continuam a subir.

O consumidor vai pagar mais pela gasolina for causa da atuali­zação da pauta do ICMS pelo go­verno de Goiás. Até R$ 0,11 cen­tavos mais caro o litro. O Gás de cozinha também. A Petrobras já anunciou aumento entre 4,2% e 4,6% para o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) residencial e co­mercial. Ou seja: Aumento de gás de cozinha e combustível leva a outros aumentos.

O presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Siner­gás), Zenildo Dias do Vale, diz que, infelizmente, o aumento começa a ser repassado a par­tir desta segunda-feira mesmo os revendedores de gás traba­lhando quase no limite da mar­gem de lucro que é de 15 a 20%.

“O aumento para o consu­midor será de 4,4%, cerca de 3 reais. O botijão que custava en­tre R$ 70 e 80 vai para R$ 73 a R$ 83. A maioria das revende­doras, diante da crise, trabalha com uma margem de lucro mí­nima entre 15 e 18%, depende do custo da revendedora. Tá di­fícil. As pessoas estão economi­zando gás. As vendas vem cain­do”, destaca Zenildo.

O aumento do litro de ga­solina já era para está ocor­rendo na maioria dos postos. Márcio Andrade, presidente do Sindicato do Comércio Va­rejista de Derivados de Petró­leo no Estado de Goiás, diz que muitos postos não tinham aumentado o valor do litro da gasolina porque ainda tinha combustível estocado. Outro fator levantado por Márcio para o não repasse imedia­to do aumento é a queda das vendas devido ao fato de julho ser um mês de férias

“Não há o que fazer. Temos que repassar este aumento de até 0,11 centavos para o con­sumidor. A maioria dos postos está trabalhando no limite da margem de lucro. Com este au­mento da gasolina, quem tem carro flex vai continuar abas­tecendo com etanol que hoje está cerca de 60% em compa­ração ao litro da gasolina. Ou seja, se até 70% compensa colo­car álcool, quem tem carro flex vai abastecer com álcool, afir­ma o presidente do Sindiposto.

Além do aumento do gás de cozinha e da gasolina, da in­flação alta na capital, o con­sumidor goiano é obrigado a conviver também com outros aumentos como o da energia elétrica. O Estado de Goiás, de acordo com dados do IBGE, ba­teu recorde com o preço do ser­viço de energia elétrica pago pelos consumidores aumen­tando em 12 meses (maio 2017- maio 2018) 13,73%. Foi a maior variação registrada no país.

A inflação também bateu re­corde na capital neste mês de junho em mais de 20 anos. O IPCA (Índice de Preços ao Con­sumidor Amplo) de junho de 2018, medido pelo IBGE em Goiânia, registrou variação de 1,25%, índice semelhante ao nacional, que registrou variação de 1,26%. Foi a maior taxa para o mês desde 1995, quando o IPCA registrou variação de 2,09% em Goiânia e 2,26% no Brasil. Nos últimos 12 meses, o índice acu­mulou 5,19% em Goiânia, en­quanto o nacional acumulou 4,39%. No ano, o IPCA em Goiâ­nia registrou 1,74% enquanto o nacional ficou em 2,60%.

Já a conta de água, que no ano passado subiu 6,27%, deve ficar mais cara neste segundo semes­tre entre 3 e 4 por cento. Em mar­ço deste ano a Agência Goiana de Regulação aprovou um índi­ce de aumento de 3,37%. Com todos estes aumentos só resta uma alternativa ao consumidor. Economizar, porque não há si­nais de que a economia possa reagir melhorando a qualidade de vida do povo brasileiro.

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