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Audiência leva aborto a ser um dos assuntos mais comentados no Twitter

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Mobilizados pela audiência que discute hoje (3), no Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação do aborto até a 12ª semana de gestação, usuários do Twitter estão reunindo milhares de postagens com a hashtag #NemPresaNemMorta, que já figura entre os tópicos mais populares da rede social no Brasil.

sessão do STF, de caráter público, foi instalada em razão do ajuizamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, de iniciativa do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e do Anis - Instituto de Bioética, e terá continuidade na próxima segunda-feira (6), contando com a participação de diversos especialistas no assunto.

Atualmente, a legislação brasileira considera legal o aborto em três circunstâncias: quando a gravidez resultar de um estupro, no caso de fetos anencéfalos ou caso a gestante esteja correndo risco de vida. A audiência foi convocada pela ministra Rosa Weber, relatora da ADPF no tribunal.

Entre as publicações dos internautas no Twitter, encontram-se reproduções de falas dos expositores convocados pela Corte e opiniões favoráveis à descriminalização do aborto no país. "Educação para decidir, contraceptivos para prevenir, aborto legal e seguro para não morrer!", escreve uma jovem.

"Homens contra o aborto, algumas sugestões: não abortem quando engravidarem; usem camisinha sempre para não engravidarem as moças", declara, de forma mais contundente, outra internauta, com quase 12 mil seguidores.

Contrário à descriminalização, um estudante de engenharia de 22 anos, deixa claro seu posicionamento: "Diga não ao assassinato de fetos humanos indefesos!"

Mais ponderado, outro internauta afirma que a questão do aborto é "delicadíssima". "Não é algo simplista de ’SIM! Meu corpo minhas regras’ e nem de ’NÃO! É assassinato e atentado contra a fé cristã’".

Durante a abertura da audiência de hoje (3), a presidente do STF, Cármen Lúcia, ressaltou que todas as opiniões são legítimas e devem ser ouvidas. "Ainda que para depois divergir. Só é possível divergir se conhecer”, acrescentou.

*Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil

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