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Incêndio atinge Museu Nacional do Rio de Janeiro

Após comemorar no último dia 6 de junho 200 anos de vida, o Museu Nacional do Rio de Janeiro foi atingido por um incêndio neste domingo (02/09). O museu se localiza na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte da capital fluminense. O prédio foi a residência da família real brasileira e possuía um acervo de cerca de 20 milhões peças.

O Corpo de Bombeiros do Rio foi acionado às 19h30. O museu é ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no momento do incêndio o prédio estava fechado para visitação. Durante o trabalho do corpo de bombeiros para conter as chamas, alunos, professores e o reitor da faculdade estavam no local para resgatar algumas peças.

O museu abrigava cerca de 20 milhões de itens, entre eles coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, arqueologia e ainda, uma biblioteca com livros com obras raras.

Os bombeiros informaram ainda que não sabem o que teria causado o incêndio, mas que será investigada. Em maio deste ano, o diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner, informou que o mesmo estaria passando por um momento de dificuldade devido a falta de verba para a manutenção do prédio.

O museu foi fundado por D.João VI, em 1818. O local foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso de museu, em 1892. O prédio abrigava um dos elementos de maior valor, o mais antigo fóssil humano encontrado no Brasil, batizada de Luzia.

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio foi controlado após 6 horas de trabalhos, os bombeiros informaram também que o combate ao fogo foi prejudicado devido a falta d'água nos hidrantes próximos ao prédio. Os bombeiros realizaram o combate ao incêndio com o auxílio de caminhões-pipa.

Os reitor da URFJ, Roberto Leher, comentou que houve falta de logística por parte do Corpo de Bombeiros para combater um incêndio de tamanha proporção. Leher ressaltou, assim como Kellner, que a faculdade não dispõe de recursos suficientes para custear a manutenção do museu.

O presidente Michel Temer se pronunciou neste domingo por meio de nota, em que pontua que é “incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia de nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento”. O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, disse também neste domingo que o dia é de “luto” e classifica o incêndio como uma "imensa tragédia”.

Nesta segunda-feira (03/09), uma equipe do Corpo de Bombeiros e técnicos vão ao museu para avaliar a extensão das perdas e procurar peças que não tenham sido destruídas.

(Foto/Reprodução/Agência Brasil/Tânia Rego)

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