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COTIDIANO

O enigma está desvendado

Uma reportagem publica­da em 1997 no Diário da Manhã teria antecipado a existência do décimo planeta do Sistema Solar (na época em que foi veiculada a matéria pelo Diário da Manhã a União Astro­nômica Internacional ainda não tinha rebaixado Plutão à categoria de planeta anão e acreditava-se que o sistema solar tinha 9 pla­netas). O espeleólogo e ambienta­lista Antônio Carlos Volpone, que integrou grupo que fez expedição à região de Mara Rosa (norte goia­no, 380 km de Goiânia) naque­la época, aposta nesta hipótese e pede reconhecimento pelo pio­neirismo. Ele foi entrevistado pelo impresso e apresentou imagens e gravuras em uma pedra locali­zada na região. “Está tudo na pe­dra. É incrível, pois diversas pes­soas comprovaram este fato”, diz o espeleólogo, com a convicção de que participou de um grande achado científico. “Os dados rela­tam sobre a existência de um dé­cimo planeta em nosso Sistema Solar, uma conclusão que só ago­ra foi comprovada por cientistas”, disse o geógrafo Anderson Silva no DM do dia 30 de julho de 1997.

Em 2004, sete anos após a re­portagem do DM, um objeto gela­do, localizado a 13 bilhões de qui­lômetros da Terra, foi identificado como o décimo planeta do Siste­ma Solar. Apelidado de Sedna, o possível planeta possui entre 1.300 e 1.600 quilômetros de diâmetro.

Na época de sua descoberta não existia ainda consenso en­tre acadêmicos e cientistas de que Sedna seria mesmo plane­ta, mas um outro chamado in­formalmente de Xena foi desco­berto em 2005 para acabar com as dúvidas de que exista de fato um forte pretendente a décimo planeta. Volpone reitera que a hi­pótese da existência do novo pla­neta estaria na disposição dos de­senhos encontrados nas gravuras de Mara Rosa. Tudo foi registrado pelo DM antes que o assunto to­masse as páginas de ciências da mídia internacional.

Em Agosto de 2006, a resolu­ção 5 da União Astronômica In­ternacional – UAI estabeleceu que para ser reconhecido como plane­ta, um corpo celeste deveria orbi­tar o Sol, ter massa suficiente para assumir um formato arredonda­do, tenha limpado a vizinhança de sua órbita, e a mesma resolu­ção criou a categoria dos “Plane­tas anões” que deveria, orbitar o Sol, ter massa suficiente para as­sumir um formato arredondado, não limpou a vizinhança de sua órbita e não é um satélite.

Com estas definições da UAI, Plutão foi rebaixado à planeta anão e o recém descoberto 2003UB313 até então conhecido como Xena também foi rebaixado à planeta anão e recebeu o nome de Éris.

Existem estudos regionais rea­lizados quanto ao material ar­queológico encontrado em Mara Rosa, mas falta o interesse dos pesquisadores de outros países. Eles desconhecem o material encontrado no município. Cha­mados de petroglifos, estes de­senhos representam inscrições rupestres que podem ser consi­derados como as primeiras ma­nifestações artísticas do homem primitivo goiano.

A revista UFO, responsável por pesquisar objetos não identifica­dos, respaldou as informações publicadas pelo Diário da Ma­nhã em fevereiro de 1999, infor­ma Volpone. Ele apresenta cópia da revista que repercutiu os fei­tos do grupo de pesquisadores goianos naquela ocasião. Outros meios de comunicação que re­percutiram a descoberta foram a Revista Portal Vip (Catalão – Goiás) e Jornal Tribuna do Nor­te (Natal – RN). O espeleólogo diz que civilizações antigas tinham conhecimento dos movimentos no espaço, daí registrarem suas observações nas pedras que hoje enfeitam Mara Rosa.

MODERNAS TECNOLOGIAS

Para Volpone, mesmo basea­dos apenas na investigação visual, estes seres conseguiram anteci­par o que acabou confirmado por modernas tecnologias nos últi­mos quatro anos. “Os desenhos ali são bem claros quanto ao que representavam, quem vê pessoal­mente quase não acredita. É um fato extraordinário que civiliza­ções primitivas tivessem tama­nho conhecimento. Para mim, in­dependentemente do que diz a UAI, o fato é que o desenho mos­tra um décimo corpo celeste em nosso sistema, independente dele ser considerado planeta ou plane­ta anão”, diz Volpone.

O espeleólogo acredita também que os índios responsáveis pelos desenhos nas pedras tiveram ajuda de outras civilizações avançadas. Neste caso, abriria discussão com outro grupo de pesquisadores–os ufólogos, que estudam a presença de seres extraterrestres. Volpone está intrigado com a qualidade dos desenhos e acredita nesta intersec­ção com povos de outro planeta. “Elas (as civilizações) apresenta­vam alguma espécie de conheci­mento científico”, avalia.

A teoria levantada pelo espeleó­logo recebe respaldo de outras pes­soas que participaram de expedi­ções na região. Anderson Silva, que comprovou a hipótese do décimo planeta ainda em 1997, afirma que ainda hoje está intrigado com os fa­tos presenciados no passado. Na época, estudante de geografia, ele confirmou seu espanto: “Quem de­senhou já sabia que o homem não era o centro do universo, pela pró­pria disposição das imagens. Pos­sivelmente civilizações indígenas avançadas”, disse no jornal.

A revista UFO, uma das mais importantes nos estudos de as­suntos misteriosos e ufológicos, trouxe artigo assinado por Volpo­ne em 1999, ocasião em que o es­peleólogo reiterou a hipótese de que sua equipe encontrou as evi­dências do décimo planeta. “Des­de 1977, o Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFG) vem estudando a região”, disse Volpone, em texto assinado.

A reportagem publicada no DM na década passada trata da ameaça que o local pode sofrer pela ação de garimpeiros e das potencialidades das pedras encontradas no municí­pio, mas refere-se explicitamente ao tema ‘décimo planeta’. “O arqueolo­gista Paulo Jobim, que pesquisou os desenhos de Mara Rosa, disse que pertencem a índios pré-históricos que viviam da caça e coleta de ali­mentos para sobreviver”, descreve a reportagem da época.

IMAGENS REVELAM DESCOBERTA INÉDITA

O texto publicado no Diário da Manhã especifica literalmente a existência de um décimo planeta no sistema solar. Volpone afirma que as imagens publicadas no jor­nal são suficientes para inferir que um novo planeta tenha sido previsto pelas comunidades antigas.

O espeleólogo diz que na época da descoberta das evidências o gru­po de pesquisadores que esteve em Mara Rosa desejou batizar o plane­ta de Senna–em homenagem ao pi­loto brasileiro morto em 1994. Em 2004, os goianos, porém, tomaram conhecimento de Sedna–e acharam muita coincidência a proximidade dos nomes Sedna e Senna. Volpo­ne informa que hoje a denomina­ção escolhida para batizar o planeta é Pã–Deus da natureza, dos animais domésticos e dos pastores, para ho­menagear os índios que anuncia­ram a sua existência antes de todos.

O espeleólogo acredita que o décimo planeta previsto pelas ci­vilizações antigas que moraram em Mara Rosa seja, de fato, Eris (ou Xena como ficou popular­mente conhecido). Como ele faz parte do grupo de pessoas que citou a existência do 10º planeta muito antes da comunidade cien­tífica, faz um apelo aos cientistas brasileiros e para comunidade científica mundial, para que jun­tos realizem estudos nas inscri­ções de Mara Rosa provando que de fato anteciparam a descober­ta do novo corpo celeste e plei­tearem junto à União Astronômi­ca Internacional a mudança do nome de Xena para Pã–Deus da natureza, dos animais domésti­cos e dos pastores. “Como Eris te­ria sido identificado inicialmente por índios primitivos, a sugestão da alteração do nome seria uma espécie de homenagem aos po­vos que identificaram o corpo ce­leste muito antes dos cientistas” comenta o espeleólogo. Segun­do Volpone, a prefeitura de Mara Rosa pretende ampliar as visita­ções de historiadores, geólogos e demais pesquisadores para dar maior visibilidade aos fatos ocor­ridos no município.

    Os dados relatam sobre a existência de um décimo planeta em nosso Sistema Solar, uma conclusão que só agora foi comprovada por cientistas”   Está tudo na pedra. É incrível, pois diversas pessoas comprovaram este fato”

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