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Peixe do Araguaia é cultivado na China

A China dispõe de um dado estatístico surpreendente: se tem a maior população do mundo, conta, também, com o título de maior produtor de peixe de água doce do Brasil. E promove todo o processo de cria, abate e de co­mercialização, inclusive para o mer­cado brasileiro. A revelação fantás­tica foi feita por Marcos Troyo, que faz constantes viagens àquele país e dispõe de um invejável currículo.

Troyo é graduado em ciência po­lítica e economia pela Universida­de de São Paulo (USP), doutor em sociologia das relações internacio­nais pela USP e diplomata. É inte­grante do Conselho Consultivo do Fórum Econômico Mundial, dire­tor do BRICLab da Universidade Columbia, pesquisador do Centre d´Études sur l´Actuel et le Quoti­dien (CEAQ) da Universidade Pa­ris-Descartes (Sorbonne).

A pirapitinga (Piaractus bra­chypomus), popularmente conhe­cida como pacu negro ou caranha, espécie nativa da Bacia Amazôni­ca e do Araguaia-Tocantins, é mais cultivada na China do que no Bra­sil, revela Troyo, que veio a Goiânia exclusivamente para proferir pales­tra sobre o momento político e elei­toral. Ele atendeu a convite do Lide, grupo de lideranças empresariais brasileiras com extensão em Goiás.

E sua palestra foi proferida na sede do Sebrae, contando inclu­sive com a presença de empresá­rios como Sandro Mabel, que aca­ba de assumir a presidência da Fieg; André Rocha, presidente do Sifaeg/Açúcar; de Otávio Lage de Siqueira Filho, presidente do Gru­po Jalles Machado; Gilberto Mar­ques Neto, representando o prefei­to Iris Rezende Machado; Roberto Santa Clara, entre outros.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Chamou sua atenção, uma em­presa chinesa que produz o red pomfret ou red pacu. Os chineses comercializam nossa pirapitinga como “pacu”. Para compreender melhor tudo isto, conversou com o representante comercial desta em­presa. A iniciativa chinesa é mos­trada em diferentes exposições mundiais, inclusive nos Estados Unidos. Para Marcos Troyo, uma missão tecnológica chinesa este­ve no Brasil há mais de dez anos e obtiveram êxito com o seu me­lhoramento genético em seu país. “Tudo isso decorre do seu plane­jamento estratégico”, deduz.

A pirapitinga é comercializa­da congelada, em tamanho pe­queno (entre 600-800 gramas) e exportada principalmente para Europa e África. A produção é considerável: somente esta em­presa comercializa em torno de três containers por mês durante os meses de verão. Segundo Adi­lon de Souza, presidente do Fun­dater, a China desenvolve pesqui­sa da piscicultura e desenvolve a sua criação. Afinal, detém um mercado de mais de um bilhão de consumidores, que deixa gra­dual e rapidamente o meio rural para os centros urbanos. “Esse povo precisa ser alimentado e a proteína e o ômega 3 são as prin­cipais fontes energéticas”, aponta.

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