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Desabamento em mina mata mais de 100 trabalhadores em Mianmar

Um desabamento de terra em uma mina de jade no norte de Mianmar, perto da fronteira com a China, deixaram, ao menos, 126 mortos, segundo informações de bombeiros locais nesta quinta-feira (2).

“O balanço total até o momento é de 126 mortos”, relatou a página oficial dos bombeiros em uma rede social. “Os mineiros foram arrastados por uma torrente de lama provocada pelas fortes chuvas”, informaram ainda.

O acidente aconteceu quando os mineiros extraíam jade das encostas escavadas em uma mina em Hpakant, uma cidade remota no estado de Kachin.

“As operações de resgate continuam”, afirmaram os bombeiros, já que as buscas tiveram de ser interrompidas devido às fortes chuvas.

Segundo a Agência France-Presse, as autoridades locais haviam advertido as vítimas para que não seguissem até o local por causa das tempestades. “Poderíamos ter ainda mais mortes sem a advertência”, disse uma fonte das forças de segurança.

Acidentes comuns na região

Trabalhadores nas minas Foto: Getty Images

Mianmar é uma região conhecida por acidentes envolvendo a indústria de jade, pedra semipreciosa com alta demanda no mercado chinês. Um negócio lucrativo para as companhias, mas pouco regulamentado e que emprega milhares de migrantes mal remunerados todos os anos.

Segundo a ONG Global Witness, o negócio alcança bilhões de dólares e muitos trabalhadores não estão sequer registrados.

A catástrofe afirma a "necessidade urgente" de regulamentar a indústria, diz Hann Hindstrom, que trabalha para a ONG.

Outros deslizamentos de terra mortais já aconteceram na região. Em 2015, mais de 100 pessoas morreram e no ano passado (2019), uma tragédia parecida fez 50 vítimas fatais.

Grande parte das vítimas pertencem a comunidades étnicas desfavorecidas que trabalham de maneira quase clandestina em minas abandonadas.

Os recursos naturais, como jade, âmbar e ouro, do norte de Mianmar, ajudam a financiar a guerra civil de insurgentes da etnia kachin e os militares birmaneses por décadas.

*Com informações da Istoé

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