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Grande Loja Maçônica de Goiás completa 70 anos

A Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás (GLEG) completa nessa quinta-feira, 9, sete décadas de história no Estado. Fundada em 1951 sob a orientação de maçons paulistas que tinham negócios em Goiás, a nova Potência maçônica, como é chamada, passou a ocupar espaços em municípios espalhados por todo o estado e produzir novidades importantes por onde seus iniciados atuavam.

A partir de Goiânia, onde foi fundada a primeira loja, se espalharam por cidades destacadas como Anápolis, Ceres, Uruana, Itumbiara, Rio Verde e outras, levando atividades como beneficência, escolas normais e profissionalizantes, assistência social, socorro a viúvas, orientação aos jovens e estudos constantes.

O advogado e juiz aposentado João Batista Fagundes é estudioso da história da Grande Loja e foi Grão-Mestre, cargo diretivo máximo no Estado. Ele é autor de uma obra que conta a epopeia dos maçons paulistas que se juntaram aos goianos para fundar a Grande Loja. “Hoje a GLEG é uma potência forte, legítima e reconhecida nacional internacionalmente pela ação de seus membros”, comenta.

O atual dirigente da Grande Loja do Estado de Goiás é o advogado e promotor de Justiça aposentado Tito Souza do Amaral. Como Grão-Mestre ele comanda um universo de 129 lojas espalhadas por todo o Estado de Goiás – somente em Goiânia são 42 lojas – e 3.409 maçons ativos nessas unidades fraternais, como eles intitulam. Tito é o exemplo da inserção da maçonaria em núcleos sociais influentes e bem posicionados. Foi atuante no Ministério Público, compôs a Comissão de Notáveis que elaborou o anteprojeto de reforma do Código de Processo Penal e integrou o Conselho Nacional do Ministério Público.

Tito Amaral comenta sobre a alegria de presidir a instituição nesse aniversário da instituição. “Nesses seus 70 anos de existência, a Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás tem muito a comemorar. Desde 1951 ela participa ativa e discretamente do progresso e desenvolvimento do nosso Estado. Já emprestou vários dos seus melhores quadros para o exercício dos mais variados cargos no âmbito dos três Poderes e dos órgãos autônomos, como o Ministério Público e Tribunais de Contas. Foram vários governadores, secretários de Estado, presidentes do Tribunal de Justiça de Goiás, da Assembleia Legislativa, Conselheiros, Procuradores, etc. Na iniciativa privada, são incontáveis os empresários e demais trabalhadores que labutam diariamente na busca de uma sociedade mais justa e perfeita”, frisa.

Aperfeiçoamento

A função primordial da maçonaria, como Tito Amaral explica, é o aperfeiçoamento pessoal do indivíduo para que atue de forma ativa na sociedade promovendo o bem e levando esses mesmos princípios de evolução social, moral, espiritual e coletiva. “Nosso grande desafio hoje é observar nossas tradições e trabalhar pelo progresso da humanidade e aperfeiçoamento dos costumes dos seus integrantes. A Maçonaria acredita que o ser humano é uma pedra em constante processo de lapidação, que nunca se encerra na sua vida terrena. Este aperfeiçoamento somente será finalizado na presença de Deus, a quem os maçons chamam de Grande Arquiteto do Universo. Portanto, continuaremos nosso trabalho discreto e silencioso na busca de muitos outros aniversários de mais 70 anos de vida” .

O grande salto da visibilidade da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás foi dado sob o comando do Grão- -Mestre Adolfo Ribeiro Valadares em 2017 e 2018 quando a GLEG conseguiu ser reconhecida como potência regular e praticante da autêntica maçonaria pela Grande Loja da França e principalmente pela Grande Loja Unida da Inglaterra, instância que congrega as maçonarias regulares do mundo inteiro. Adolfo Valadares fez uma gestão citada como divisor de águas, unificando sentimentos e forças para ser reconhecida mundialmente.

Seu prestígio atraiu até o líder mundial da maçonaria, o espanhol Oscar de Alfonso Ortega, secretário-executivo da Confederação Maçônica Internacional, que em visita a Goiânia declarou que a maçonaria brasileira é exemplo para o mundo. “A maçonaria brasileira é modelo para o mundo e deve assumir seu papel de protagonista para uma retomada de definições e de potencializar os destinos da maçonaria universal”, frisou.

O líder nacional da mais antiga potência maçônica brasileira, o Grande Oriente do Brasil (fundado em 1822), é o goiano de Rio Verde, Múcio Bonifácio. Como Grão- -Mestre Geral ele mandou um fraterno cumprimento aos irmãos da Grande Loja de Goiás. “É relevante reconhecer o eficiente trabalho que ao longo de sete décadas a Grande Loja do Estado de Goiás tem desempenhado em função da maçonaria goiana e brasileira. Nesse contexto que o GOB apresenta os cumprimentos a todos os irmãos da Grande Loja de Goiás. Ao longo desse tempo esses irmãos têm dado exemplo de muita fraternidade e muitas obras sociais, isso tudo só engrandece a participação maçônica”.

Hoje presente em diversos segmentos a maçonaria tem entre seus quadros a mais variada sequencia de homens livres e de bons costumes. Desde operários, comerciantes, advogados, médicos, professores, membros dos Poderes e tantas outras ocupações. As novas gerações de maçons da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás se esmeram em pensar e projetar a maçonaria do futuro. Professor universitário com pós-doutorado, Luiz Signates indica o que a fraternidade pode contribuir para a melhoria da sociedade brasileira: Hoje, no Brasil, vejo nesta instituição uma das mais relevantes oportunidades de organização da sociedade civil, no sentido de aprofundar o processo civilizatório, garantir da democracia e os direitos humanos, promover a cidadania e superar o maior problema de nosso país, a enorme e vergonhosa desigualdade de renda, fonte da injustiça social e da violência urbana e rural que envergonha esta nação. É alimentado com essa esperança que, com muita honra, faço parte de seus quadros”, finaliza.

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