Produtos contrabadeados ou adquiridos irregularmente no Paraguai têm aumentado e cada vez mais entrado no Brasil. De acordo com as autoridades, o número cresceu principalmente no período da pandemia em que pessoas começaram a buscar uma renda informal.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou 814 pessoas nas rodovias federais em todo o país com contrabando e descaminho somente no primeiro semestre de 2020. Neste ano, 2021, entre janeiro e junho, a PRF flagrou 881 pessoas na mesma prática.
Nessas situações, as mercadorias são apreendidas e encaminhadas à Receita Federal. Os veículos utilizados no transporte ilegal também são retidos, lacrados e a Receita decreta o perdimento do bem, o que gera um dano ainda maior à aqueles que insistem em transgredir a lei.
Cerca de 40 carros estão lacrados aguardando inspeção dos agentes no depósito da Receita Federal em Aparecida de Goiânia. Além de três ônibus e três caminhões carregados de mercadorias.
Os veículos apreendidos em rodovias federais e estaduais que cruzam o estado de Goiás, juntamente com outros milhares de produtos avulsos, retidos em transportadoras, correios e no comércio ilegal, alcançam um valor aproximado de R$ 15 milhões.
Segundo a PRF, o trabalho de fiscalização tem se modernizado. Os órgãos de repressão, investem em capacitações e atualizações constantes, bem como na integração com o compartilhamento de informações, fechando o cerco nos corredores de transporte.
As apreensões de contrabando e descaminho ocorrem principalmente nas regiões sul e sudoeste de Goiás, é por onde entram as mercadorias que vêm do Paraguai. As mercadorias tentam sair do estado para o norte do país pela BR 153 e no norte goiano.
Essa localização geográfica faz com que o estado seja uma região de grande fluxo de distribuição dos produtos da fronteira para o Norte e Nordeste do Brasil.
Além do fortalecimento da fiscalização Federal, a situação econômica do país coopera para o aumento das ocorrências dessa modalidade criminosa.
De acordo com com a PRF, durante a pandemia, muitas pessoas deixaram o emprego formal e começaram a buscar a informalidade, mas ao fazê-lo, estão cometendo crime, e acabam perdendo as os produtos ilegais, seus veículos, se comprometem com a Justiça e no fim das contas, o prejuízo é ainda maior.
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