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História da Pecuária se confunde com criação de Goiânia

A história da SGPA (Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura) confunde-se com a de Goiânia. Isto porque a instituição nasceu praticamente com a nova capital goiana. O livro “História da SGPA”, de autoria deste jornalista, retrata detalhes dessa conquista e a mais fundamental: do resultado do fomento sem precedentes da atividade pecuária e agrícola do Estado.

O objetivo dos pecuaristas era ter uma representação oficial. Altamiro de Moura Pacheco – médico, farmacêutico, agropecuarista, empresário e escritor – foi um dos maiores arquitetos na construção do agro e na criação da SGPA.

Altamiro nasceu em 15 de março de 1896, em Bela Vista de Goiás. Mas, fixou residência em Goiânia. Criador e proprietário de terras, Altamiro fundou o Instituto Médico Cirúrgico, SGPA e idealizou as feiras agropecuárias. Teve grande participação na mudança da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília. Compunha a Comissão de Cooperação para Mudança da Capital Federal.

Altamiro de Moura Pacheco acumulou fortuna que distribuiu com grande generosidade. A área do Parque Ecológico que leva seu nome. Doou 904 lotes do Setor Santa Genoveva para a construção do aeroporto de Goiânia e mais 100 outros terrenos para instituições de caridade.

O escritor José Mendonça Teles, de saudosa memória, revelou que o médico também doou para a Academia Goiana de Letras a sua casa, o sobrado localizado na Avenida Araguaia, hoje sede da Casa de Cultura Altamiro de Moura Pacheco. "Ele fez a doação da casa com todos os objetos, inclusive a biblioteca com mais de 10 mil livros."

José Mendonça conta que o amigo nunca teve filhos e que sempre viveu sozinho. "Era muito educado e sempre me recebia na sua casa com doces na mão. Era também muito culto e adorava escrever", lembra. Altamiro integrou a Academia Goiana de Letras e publicou seis livros entre eles Realidade e Ficção, Civismo em Ação, Discurso e Sonhando com a Minha Terra. O médico morreu aos 100 anos, em 10 de junho de 1996.

Idealismo
A SGPA nasceu pequena, como tudo na vida, mas regada pelo idealismo realizador de um grupo de homens que com clareza e evidência vislumbravam no horizonte a grandeza do que seria o Estado, como importante e destacado produtor na agropecuária.

E prevendo, em decorrência de problemas que começavam a surgir, sentiram a necessidade de se unir para tomar no momento oportuno as decisões cabíveis e necessárias. E surge então Altamiro de Moura Pacheco chamando a si a responsabilidade de convocar e unir um grupo que, além da representatividade mais completa da sociedade goiana, seria capaz de assumir um compromisso de tamanha grandeza.

Primeira diretoria da SGPA

Esse grupo constituído por agropecuaristas, médicos, advogados, comerciantes, religiosos, políticos, no dia 19 de maio de 1941, no salão do Automóvel Club de Goiânia, em reunião festiva fundaram a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura. Aclamaram como presidente de honra Pedro Ludovico Teixeira, interventor do Estado. Elegeram a primeira Diretoria, assumindo como presidente Altamiro de Moura Pacheco.

Depois de criada, na mesma noite já aprovaram a nova diretoria da SGP, que ficou assim constituída: presidente honorário, o interventor Pedro Ludovico Teixeira; presidente, Altamiro de Moura Pacheco; vice-presidente, Horácio Rodrigues de Rezende; secretário-geral, Joaquim Câmara Filho; 1º secretário, Aluísio Canedo; 2º secretário, Joaquim Martins Borges; 1º tesoureiro, Levi Froes, e 2º tesoureiro, Licardino Oliveira.

Presidente, José Ludovico de Almeida; membros: Augusto França Gontijo, Lindolfo Louza, Aurélio de Moraes, Otávio Tavares de Moraes, Urias Magalhães, Andrelino de Moraes, Efrain de Moraes, Osvaldo Lobo, Benedito Umbelino e João Manoel.

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