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Número de jornalistas detidos no mundo bate recorde e é o maior desde 1995, aponta relatório

O relatório anual da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirma que um total de 488 jornalistas ao redor do mundo estão presos, um aumento de 20% comparado a 2020, e 46 estão mortos. México e Afeganistão são os países mais inseguros para os profissionais.

Um comunicado da organização diz que o número de profissionais presos é o maior desde a criação do balanço anual da RSF, criado em 1995, além disso, do total dos deitos, 60 são mulheres.

Quanto às mortes, até 1º de dezembro 46 jornalistas foram mortos, representando uma queda, porém a RSF explica que é necessário "voltarmos a 2003 para encontrar um número inferior a 50".

Trinta profissionais foram mortos propositadamente, sendo que sete foram no México, o país mais nocivo para jornalistas pelo terceiro ano seguido. Para se ter uma ideia, 47 foram mortos no país somente nos últimos cinco anos.

"Alimentada pela impunidade quase total, e diante da falta de reformas ousadas do governos sucessivos (...) a espiral de violência parece interminável", denuncia o relatório.

O Afeganistão, país acotemido por guerras intermináveis, somou sete mortes este ano, e o número de jornalistas mortos nos últimos cinco anos é o mesmo do México, sendo 47.

A repressão contra a liberdade de imprensa e informação teve como consequência 65 jornalistas sequestrados. Três países representam aumento de 20% dos jornalistas presos, sendo eles Mianmar, país que sofreu um golpe militar em fevereiro, Belarus, palco de uma polêmica reeleição presidencial em agosto de 2020 e China, onde o regime que comanda o país passou a assumir um controle quase que total sobre Hong Kong.

O número de profissionais mulheres presas aumentou um terço em comparação com 2020 na China. Em Belarus, 17 mulheres e 15 homens foram detidos.

No Brasil, o jornalista Paulo Cezar Andrade Paulo foi condenado a cinco meses de prisão por crime de difamação contra Paulo Garcia, dono da Kalunga. As entidades que representam os repórteres repudiam a prisão.

O Estado Islâmico mantém 28 jornalistas em cativeiro, sendo 43% do total no mundo, ainda não se sabe se os repórteres estão vivos ou mortos.

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