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Religiosos com fé em novo arcebispo de Goiânia

Após 19 anos à frente da arquidiocese de Goiânia, Dom Washington Cruz pediu renúncia ao governo pastoral da arquidiocese de Goiânia (GO) ao Papa Francisco, algo natural entre os bispos quando completam a idade de 75 anos. A solicitação foi atendida e anunciada ontem pela da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Quem vai assumir a Igreja Católica de Goiânia será o arcebispo de Montes Claros (MG), dom João Justino de Medeiros Silva. Ainda não foi divulgada a data certa da posse. De acordo com informações da Arquidiocese de Goiânia, a transição poderá acontecer em até dois meses. Mas, já no próximo dia 16, dom João Justino estará na Capital.

Atual presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Justino tem 55 anos. Ele é natural de Juiz de Fora (MG) e dedicou boa parte da vida aos estudos.

Ingressou no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio em 1984 onde cursou Filosofia e Teologia. É formado ainda em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e em Pedagogia (CES/JF) e doutor e mestre em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma.

Dom João Justino foi nomeado, em março de 2016, membro da Comissão de Cultura e Educação do Setor Universidades do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), e responsável pelas pastorais de Educação e Cultura no Cone Sul. Em Juiz de Fora, Montes Claros e Belo Horizonte ocupou várias funções e cargos de presidência e coordenação dentro das pastorais.

Repercussão
Em uma carta divulgada pela arquidiocese de Goiânia, dom João Justino começou saudando as famílias. “Sei das muitas labutas de vocês. Sei, também, da fé que sustenta cada família. Suas alegrias e dores não me são desconhecidas. O Povo de Deus da Arquidiocese são todos vocês”, disse ele, saudando em seguida os leigos e leigas e dom Washington, que chamou de “querido irmão”, além de reverenciar também os religiosos.

Tanto o teor da carta de dom João Justino, como sua história de vida, fez com que o frei Paulo Cantanheide OP. da Paróquia São Judas Tadeu Goiânia, o considerasse de uma ala mais progressiva da Igreja Católica. Fato que o deixou contente.

“Tenho uma origem eclesiástica nas comunidades de base de uma igreja mais atuante e vejo com bons olhos a indicação. Ele também atua em uma área da CNBB da educação e cultura. Acho que a igreja tem tudo para estar esperançosa”, afirmou.

O Reitor padre Rodrigo de Castro, do Santuário Basílica Sagrada Família conta que recebeu a notícia com otimismo. “Foi uma surpresa o nome de Dom Justino. Ele é uma pessoa muito preparada, muito capaz. Com certeza será um grande arcebispo já que sempre foi um grande pastor por onde passou. Com certeza é um nome maravilhoso. Estamos felizes com essa nomeação do Santo Papa”, disse.

A catequista, Juraci do Carmo, que faz parte da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, localizada no Jardim Nova Esperança também relevou estar contente com a escolha. “Vejo que é um homem muito culto. Nós esperamos que ele nos ajude a aproximar os fiéis da igreja, já que muitos se afastaram devido a pandemia. Então, espero que incentive as pessoas e visite mais seus rebanhos”, apontou ela.

Dom Washington
Na manhã de ontem, Dom Washington dirigiu-se aos colaboradores da Cúria Metropolitana, anunciando a nomeação do seu sucessor e leu carta escrita pelo novo arcebispo. Após a posse do novo bispo, Dom Washington passa a ser arcebispo emérito e já revelou que não vai deixar as atividades religiosas, vai seguir celebrando missas e visitando comunidades da região. Ele escolheu morar em Aparecida de Goiânia.

Entre as ações que mais destacaram a administração de Dom Washington estão o reconhecimento do Vaticano da UCG como de direito pontifício, o fortalecimento das pastorais sociais e a Feira da Solidariedade que foi realizada em oito edições anuais e agora se integra à Jornada da Cidadania, junto com a PUC Goiás.

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