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Mais inflação e retração dos investimentos no Brasil

Uma avaliação abrangente do conflito provocado com a invasão da Rússia à Ucrânia culmina com uma interrogação do que poderá acontecer daqui por diante à economia mundial e, sobretudo, ao Brasil é feita por uma pessoa informada e liderança empresarial em Goiás. André Rocha, presidente interino da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), também presidente dos Sindicatos da Indústria de Fabricação de Etanol e Açúcar do Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar), além de coordenador do Grupo de Líderes empresariais (LIDE) em Goiás. Formado em engenharia civil e diretor comercial da AM Engenharia e Construção Ltda.

André Rocha observa que a Rússia é uma superpotência, país de dimensão continental, a segunda nação com maior poderio bélico e que detém um arsenal nuclear. Numa anexação da Ucrânia, considerada bastante provável, provoca, no mínimo, um quadro de incerteza. “Tudo isso cria um clima de insegurança”, observa, acrescentando que essa condição resulta na retração dos investimentos. Se a inflação em decorrência da pandemia já assustava, a tendência é de agravamento, acentua. Os empregos que vinham sendo retomados e os investimentos que ocorriam são adiados. O agro brasileiro, onde Goiás é um dos líderes na produção de grãos, açúcar, carnes, frutas e lácteos, sofre com a eventual paralisia econômica.

Na área agropecuária, André Rocha vê a evolução do conflito com certo temor. A Rússia tende a ser “cada vez mais competitiva na relação comercial com a China”. Os russos “constituem grandes importadores de soja, carnes de aves, carne bovina congelada, açúcar, café, e hoje exportam, numa aliança estratégica com a China”. Janeiro de 2022 mostrou uma significativa crescente nas exportações para a Rússia se comparada ao mesmo período de 2021. Até o momento já foram exportados um valor FOB de US$ 232,5 milhões, o que represente um acréscimo de 226,1%.

Os brasileiros são dependentes do gás, dos fertilizantes russos, que são utilizados nas produções goianas. O item mais importado no ano de 2021 foi o de adubos ou fertilizantes químicos. Quanto ao produto mais exportado no ano foi minério de Ffrro e seus concentrados conforme dados do ComexStat. O vice-presidente da Fieg, além das consequências econômicas e sociais imediatas, avalia com preocupação os desdobramentos políticos. Em outubro, haverá eleições gerais no Brasil. E encerra, observando: observando: “É um cenário preocupante”.

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