Malabaristas da vida, historicamente elas desafiaram o mundo para estudar, votar e trabalhar. Com múltiplas jornadas de trabalho, agora lutam por cargos de destaque e salários iguais aos dos homens, além de outros prejuízos. Ser mulher é uma luta diária. Mas, foi vencendo essa batalha contra as barreiras e paradigmas, que muitas delas se tornaram pioneiras em diversas áreas e abriram portas para outras brilharem. No Dia das Mulheres, o Diário da Manhã relembra e homenageia nomes que fizeram e fazem história no estado em diversas áreas: de jurista à artista, para servir de inspiração para muitas que estão a caminho.
Berenice Artiaga
Foi a primeira mulher goiana a se eleger deputada estadual, em 1951. Mas só conseguiu o feito devido à morte do marido, Getulino Artiaga. Depois disso, Almerinda Magalhães elegeu a deputada e abriu espaço para nomes como: Maria Valadão, Lydia Quinan e Denise Carvalho. Atualmente, entre os nomes de destaque na política goiana, estão: Flávia Morais (deputada federal), Adriana Accorsi (deputada estadual), Lêda Borges (deputada estadual), Magda Mofatto (deputada federal).

Raquel Dodge
Ela nasceu em Morrinhos (GO) e se tornou uma das maiores juristas brasileiras. É mestre em Direito e Estado (1983-1986) pela UnB e em Direito pela Universidade de Harvard Law School (2007). É uma grande jurista brasileira. Integrante do Ministério Público Federal desde 1987, foi procuradora-geral da República de 2017 a 2019.

Gracinha e Thelma
Desde de Dona Gercina Borges Teixeira, mulher de Pedro Ludovico Teixeira, as primeiras damas de Goiás e Goiânia deixaram marca sua na história Goiana. Algumas entraram para a política, como, Iris Araújo – que foi ex-primeira dama de Goiânia e do Estado e depois deputada estadual e Lúcia Vânia – que foi ex-primeira-dama do estado e ex-senadora e ex-deputada federal. Atualmente, a primeira-dama do estado é Gracinha Caiado, também presidente de honra da OVG e coordenadora do GPS. A primeira dama de Goiânia é Thelma Cruz, que exerce grande participação em lives, entrevistas e de outros programas da comunicação da Prefeitura de Goiânia.

Celina Turchi
Nascida em Goiânia e graduada em medicina, na Universidade Federal de Goiás (UFG), em três meses, ela liderou uma equipe que identificou a ligação entre o zika vírus e a microcefalia. Ela obteve reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) pela rapidez nas pesquisas e foi selecionada pela revista "Time" como uma das 100 pessoas mais influentes em 2017. E ganhou homenagem até em quadrinhos de Maurício de Sousa.

Vercilene Francisco Dias
Advogada, ela será a primeira mulher quilombola com mestrado em Direito no Brasil. Ingressou no curso de Direito da UFG em 2011, pelo programa UFGInclui, e se formou em 2016. Sendo, também, a primeira quilombola a passar no exame da OAB de Goiás.

Maria Eugênia
É uma das cantoras goianas mais conhecidas no Brasil. Ela iniciou a carreira cantando na noite goiana e lançou seu primeiro disco-solo, Maria Eugênia, em 1992. De lá pra cá, a “voz de Goiás”, como é chamada pelo diretor da novela global, Marcos Schechtman, já fez diversos shows no Brasil, Portugal, Espanha, Alemanha e Áustria.

Belkiss Spencière
A pianista é responsável por abrir um novo cenário da música erudita não só em Goiás mas em todo o Brasil foi fundadora da 2ª Orquestra Sinfônica Feminina do Mundo e do Conservatório Goiano de Música.

Goiandira do Couto
Falecida em 2011, é um dos nomes mais preciosos da arte goiana. Teve a inspiração de pintar usando as areias da Serra Dourada e conseguiu encontrar cerca de 500 tonalidades. Ana Maria Pacheco é também uma das estrelas da arte daqui. Ela é pintora, escultora, desenhista e gravadora. Seu trabalho é consagrado na Europa. A arte goiana tem artistas inspiradas, como: Vânia Ferro, Brenda Lee, Deni Vilela, Ivone Vaccaro, Rosy Cardoso, Graça Estrela, Helena Vasconcelos, Jordana Hermano, entre várias outras.

Maria Abdala
Produtora cultural e presidente do Instituto de Cultura e Meio Ambiente (Icumam). Integra a diretoria do Fórum Nacional de Organizadores de Eventos Audiovisuais Brasileiros – Fórum dos Festivais – e o quadro de associados da ABD Goiás. Com experiência em curadoria, júri e produção de filmes e eventos cinematográficos desde os anos de 1990, é idealizadora e diretora geral da Goiânia Mostra Curtas, sendo sua principal curadora; idealizadora e coordenadora geral do Cinema Popular.

Cora e Leogedária
Cora Coralina foi grande poetisa e contista vilaboense. Quase sem estudo falou dos becos, ruas e belezas de sua terra, tão bem quanto tratava as miudezas da vida. Conseguiu publicar um livro em 1965, quando tinha mais de 75 anos, apesar de escrever desde a adolescência. Sua casa virou um museu, que é um dos locais mais visitados na cidade de Goiás. Leogedária de Jesus, nascida em Caldas Novas, estudou no Colégio Santana, de Goiás Velho e foi criada em Jataí, onde colaborou com a imprensa, passando por outros estados como Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas. Foi uma das redatoras do jornal “A Rosa” ao lado de Cora Coralina, em 1907. Escreveu, entre outros livros, Orquídeas (1928), Coroa de lírios (1906).


Santa Dica
Benedicta Cypriano Gomes foi a líder de um movimento social religioso iniciado na década de 1920 no distrito de Lagolândia, município de Pirenópolis, no estado de Goiás.
