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Nicole Kidman no cinema alternativo

Atriz, cantora e produtora de cinema, Nicole Kidman nasceu na capital do estado americano do Hawai, filha de pais australianos. Sua família voltou para Sydney quando ela tinha apenas três anos. Lá ela passou toda sua infância e começou a estudar para ser atriz. Chegou ao estrelato após atuar no filme Terror à Bordo, de Phillip Noyce, no ano de 1989. A partir desse momento, passou a participar de várias outras produções de maior destaque. Foi premiada com um Oscar de melhor atriz em 2002, após interpretar Virginia Wolf no filme As Horas.

Apesar de obter reconhecimento e destaque em superproduções de Hollywood, Nicole também já embarcou em alguns papéis de cinema autoral, ou “alternativo”, trabalhando com diretores cultuados como Stanley Kubrick, Gus Van Sant e Lars Von Trier. A atriz também já trabalhou com Noah Bumbach, diretor que se inspira bastante no movimento de cinema chamado de mumblecore, que utiliza baixíssimo orçamento para produzir filmes sobre psicoses de relacionamento e crises existenciais de jovens adultos. Nesta matéria, entraremos em alguns episódios cults da carreira de Nicole Kidman.

Um dos projetos cinematográficos mais conceituais que contam com a participação de Nicole Kidman é o mistério De olhos bem fechados, do cultuado diretor Stanley Kubrick norte-americano (Dr. Fantástico, 2001: uma odisséia no espaço, Laranja Mecânica, O Iluminado), que morreu apenas 5 dias após a finalização do filme. Com quase três horas de duração, o filme mostra uma espécie de alucinação sexual repleta de dúvidas e medo, auto-descobrimento pelo casal protagonista, materializado em Nicole Kidman e Tom Cruise. É considerado um dos filmes mais ousados de Kubrick, que utiliza imagens monumentais, marca registrada de sua carreira. O filme divide opiniões. Para alguns é uma obra de arte irretocável, enquanto que para outros se trata de pornografia e erotismo barato.

Andy Dufrense, em resenha publicada no site Filmow, defende a genialidade do filme. “Extremamente sensual, instigante e enigmático! Um filme que leva para dezenas de questionamentos: o poder das seitas secretas inseridas pela elite; os instintos do ser humano indo contra a necessidade de se manter bem visto pela sociedade; o medo do desconhecido”. Rafiusela Pereira tem uma opinião diferente, exposta no mesmo site. “O Tom Cruise entre numa bad profunda depois de fumar um, vai numa festa mucho loca e no final das contas tudo o que ele precisava era transar. Achei o filme muito ruim”.

Dogville

Retrato de Lars Von Trier de um pequeno vilarejo, nos anos 30, onde Grace, interpretada por Kidman, tenta se esconder de gangsters. Tratada amigavelmente no início pelos moradores, a refugiada passa a fazer favores para compensar a gentileza com que foi acolhida. A partir disso, uma história de exploração se inicia, levando a protagonista a tortuosos sacrifícios. Na época, muitos comentários que acusavan Von Trier de ter pegado pesado com a atriz circularam no meio cinematográfico. “Não acho que torturei Nicole Kidman em ‘Dogville’, mas sei que ela disse que fui duro”. O filme, que deveria ser o primeiro de uma trilogia, não pode contar mais com Nicole, que também se recusou a participar de outro filme de Lars, Ninfomaníaca.

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