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Você sabia? Portadores de epilepsia também podem dirigir

A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico, mas que não impede que os seus portadores tenham uma vida normal. Com o devido acompanhamento médico e o controle da doença, atividades cotidianas como dirigir são possíveis. Segundo a legislação vigente no Brasil, as pessoas que possuem epilepsia podem conduzir veículos se obedecerem alguns critérios impostos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). No entanto, a pessoa com epilepsia não pode tornar-se motorista profissional, isto é conduzir veículos pesados e transporte público mesmo livre de crises há anos.

 Saiba mais a respeito da epilepsia

 O que é?

Epilepsia é um distúrbio neurológico crônico, é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Esse distúrbio se expressa por crises epilépticas recorrentes. O diagnóstico de epilepsia requer a ocorrência de pelo menos uma crise epiléptica. Cerca de 2 a 5% da população mundial apresentou alguma vez crise de epilepsia.

 Diagnóstico

Para o diagnóstico da doença o médico solicita exames neurológicos e um eletroencefalograma (EEG) pode reforçar o diagnóstico, ajudar na classificação da epilepsia e investigar a existência de uma lesão cerebral.  Além disso, o médico neurologista baseia-se na descrição do que acontece com o paciente antes, durante e depois de uma crise. Se o paciente não se lembra das crises, as pessoas que acompanharam o episódio servem como testemunhas e devem relatar ao médico o ocorrido.

Causas

Na maioria das vezes a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos sofridos na cabeça, recentes ou não. Ainda assim é possível passar dias, semanas ou anos entre a ocorrência da lesão e a primeira convulsão.Traumas na hora do parto, abusos de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas também podem desencadear o aparecimento da epilepsia.

Incidência

A epilepsia ocorre com maior frequência nos países em desenvolvimento, onde há mais desnutrição, doenças infecciosas e deficiência no atendimento médico. Em países mais desenvolvidos, a incidência é de aproximadamente 1%, subindo para 2% em nações menos desenvolvidas. A epilepsia é mais comum na infância, quando aumenta a vulnerabilidade a infecções do sistema nervoso central (meningite), acidentes (traumatismos do crânio) e doenças como sarampo, varicela e caxumba cujas complicações podem causar crises epilépticas. O problema também poderá se manifestar com o envelhecimento e suas complicações vasculares.

Dados da epilepsia no Brasil

Sintomas

As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras. O tipo mais conhecido entre as pessoas, a crise tônico-clônicas, identificada como "ataque epiléptico”. Neste tipo de crise o paciente primeiro perde a consciência e cai ficando com o corpo rígido, depois as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Há ainda chamadas crises de ausência, nela as pessoas apenas apresentam-se "desligadas" por alguns instantes, podendo retomar o que estavam fazendo em seguida.  Já em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória.  Existem, ainda, vários outros tipos de crises. É importante salientar que as crises epilépticas, raramente têm duração superior a um minuto. Por isso, Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são consideradas perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.

 Tratamento

O tratamento adequado depende de cada caso, da mesma forma, a eficácia do tratamento medicamentoso depende de pessoa para pessoa e do tipo de crises que ela tem. Algumas crises desaparecem com o tempo e a medicação pode ser suspensa, outros pacientes precisam de tratamento a vida inteira para controlar as crises e outros não respondem bem aos medicamentos. As drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos, e os efeitos colaterais têm sido diminuídos. Para crianças, existe uma dieta especial, hipercalórica, rica em lipídios que deve ser muito bem orientada por um profissional competente. A cirurgia torna-se uma solução quando a medicação falha e quando apenas uma parte do cérebro é afetada. Paralelamente ao tratamento médico, uma vida saudável tem efeitos benéficos sobre a epilepsia. Isso inclui dieta balanceada, exercícios, descanso, redução de stress e de depressão e a não utilização de álcool e drogas ilegais.

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