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Os 80 e 90 e a música de Elvis Costello

Walacy Neto,Especial para DMRevista

A música das décadas de 80 e 90 ainda estão frescas nas cabeças dessa geração contemporânea. Atualmente, boa parte das bandas atuais vão em direção ao passado para colher influências e possíveis aspectos para experimentar no som. Um exemplo seria o último CD da banda de rock psicodélico Tame Impala, que é tido, abertamente, como uma espécie de homenagem ao Bee Gees. Dessa época, entre os 80 e 90 estava nas primeiras posições de qualquer rádio, músicas como Thriller, de Michael Jackson, Like a Virgin, da Madona e Every Breath You Take, do The Police. É também época das levadas de new wave e punk rock que se tornaram quase que a trilha sonora deste momento. Estas, reproduzidas com primazia pelo músico britânico Elvis Costello, que comemora 62 anos de vida hoje.

Elvis Costello é o nome artístico de Declan Patrick Aloysius MacManus, algo nada semelhante com o nome pelo qual é conhecido. Nasceu no dia 25 de agosto de 1954, no St. Mary’s Hospital, em Paddington, Londres, e é considerado uns dos grandes compositores e músicos britânicos. O pai, Ross MacManus é um dos grandes incentivadores da música na vida de Costello. Ele cantava com o músico Joe Loss e usava o nome artístico de Day Costello, algo que seria utilizado pelo filho no tempo futuro ao juntar o sobrenome do pai com o primeiro nome de seu cantor favorito: Elvis Presley.

Em 1971, Costello vai morar com a mãe na cidade de Liverpool. Empolgado com o ritmo da nova cidade e as possibilidades que essa apresenta, ele forma sua primeira banda chamada Flip City. Esta tem grandes influências do trabalho dito como pub rock e sua existência vai do ano 75 até 76. Ao final da formação Elvis Costello se muda para a cidade de Londres, onde passa a viver com esposa e os filhos. O início da carreira de Costello foi duro, assim como o começo de carreira de qualquer outro músico. Teve vários empregos e continuava a compor nesses intervalos de tempo. Certa vez, foi levado preso em uma tentativa agressiva de conseguir um contrato com uma gravadora. Ele ficara na porta do estabelecimento esperando o final de uma reunião entre executivos da gravadora com a “demo” na mão e foi levado por “atitude suspeita”.

Outra ocorrência que tumultuaria a vida do músico foi uma discussão com a cantora e atriz americana, Bonnie Bramlett, no bar do hotel Holiday Inn, em Columbus, Ohio. Na ocasião, Elvis Costello tentou atingir Bonnie chamando o músico Ray Charles de “crioulo, cego e ignorante”. A contradição vinha pelo fato de Elvis ter trabalho com ativismo contra o racismo na campanha britânica Rock Against Racism (Rock Contra o Racismo). Um pouco após a discussão, Costello deu uma coletiva de imprensa em Nova York onde afirmou que estava bêbado e teria dito tais ofensas com o intuito de atingir Bonnie. A discussão foi o que inspirou o músico a compor Riot Act, que está no álbum Get Happy!.

Músicas e álbuns

Entre os álbuns mais inventivos de Costello está os dois que seguiram esse episódio citado acima, o Get Happy!. A novidade fica no pop new wave de Costello, característico em quase todos os trabalhos do músico, com os timbres da música negra, o Soul Music. As canções breves marcaram um formato que a banda usaria nos próximos trabalhos. Em 1981, o álbum Trust tinha como principal influência as bandas novas de pop, particularmente Bruce e Pete Thomas. Um cd no mínimo eclético, sem muita repercussão fora da Inglaterra, mas interessante aos ouvidos, ainda sim.

Imperial Bedroom, do ano de 1982, marcou o som mais obscuro na carreira de Costello. Grande parte devido à produção de Geof Emerick, famoso por ser o engenheiro-de-som de várias gravações do Beatles. Liricamente o álbum tem tendência de obra-prima, talvez por apresentar uma faceta diferente do músico. É um dos CDs mais aclamados pela crítica, mas olhando as vendas ele deve ser considerado um fracasso. No mais a obra de Elvis Costello merece ser investigada mais a fundo não só pela qualidade do som, mas os movimentos de corpo que vão anexo.

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