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Débito Ambiental e Produto Interno Bruto (PIB)

O Produto Interno Bruto (PIB) não expressa a riqueza de uma nação, pois não mede o débito ambiental resultante da atividade antrópica inconsequente e portanto desvinculada de uma “Racionalidade Ambiental”. Esse limitado indicador não contabiliza o desmatamento, a poluição dos mananciais de água, a magnificação de poluentes tóxicos nos diversos níveis tróficos das teias alimentares dos ecossistemas, a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, enfim, as destrutivas e desmedidas agressões ao meio ambiente. Se, por exemplo, uma nação desmatar uma gigantesca área florestal e traduzir tudo isso em capital, terá seu PIB elevado e possivelmente pela leitura de dados estatísticos comparados com os de outras nações, deverá ser considerada como rica, quando na verdade ampliou seu débito ambiental. Na verdade está a caminho de uma falência ecológica e consequente perda de patrimônio ambiental, o que sinaliza um futuro de perda econômica e desestruturação social..

As conquistas científicas e tecnológicas dissociadas do propósito de oferecer ao ser humano uma vida digna, saudável e favorável ao seu aprimoramento intelecto-afetivo não poderiam em si mesmas representar um progresso real.

Países industrializados com economias que cresceram muito nas duas últimas décadas não apresentaram um correspondente coeficiente de bem estar e satisfação com a vida em suas populações. O frenético consumismo é o principal parâmetro que gera um elevado nível de satisfação e bem estar de um povo? Uma pesquisa revelou que os povos latinos são mais felizes do que os americanos e os europeus.

Uma economia que se articula sem levar em conta a importância da preservação e do uso adequado do patrimônio ambiental é uma economia conduzida por homens de visão estreita, que não compreendem que a própria sustentabilidade da economia depende essencialmente desse patrimônio.

Os recursos planetários não são ilimitados, mas são suficientes para sustentar a espécie humana e as demais espécies que compartilham o planeta, desde que os modos de produção e consumo não permaneçam como atualmente estão, demasiadamente em descompasso com a inerente capacidade de restauração de cada ecossistema da biosfera.

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