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CULTURA

UFG ‘recupera’ Walter Benjamin para a transferência e a invenção de Goiânia

Renato Dias

Pessimismo radical & revolucionário. Para emancipar os trabalhadores. É o que propôs o ícone da Escola de Frankfurt, morto em 26 de setembro de 1940, em Port Bou, fronteira da França com a Espanha, Walter Benjamin. Caçado pelos nazistas, formulou o conceito de ‘Escovar a História a Contrapelo’.

Fundado em suas ideias heterodoxas de reinvenção do marxismo, o doutor da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás [UFG], Luiz Sérgio Duarte da Silva, e o doutorando em História, Lucius Fabius, realizam ‘Seminário Goiânia a contrapelo: história urbana, movimentos sociais e informalidade’. Quando? Dias 21 e 22 de outubro. De 2019. Segunda e terça-feira. Mesmo horário: de 16h às 22h. Local:  Auditório Lauro Vasconcelos, da Faculdade de História, da UFG, no Campus Samambaia – II. É no Conjunto Itatiaia.

A programação prevê a cult, icônica e expressiva ‘Exposição Fotográfica: Rocinha, Buraco ou Essa Casa Não é Minha?’. De George Leonardo Seabra Coelho, Universidade Federal do Estado do Tocantins [UFT]. O responsável pela Equipe Técnica Audiovisual é o historiador: Augusthus Luiz de Souza Barbosa [UFG].

Assinarão a monitoria os historiadores: Gabriel Roberto Caixeta, Adilson Correia de Lima Junior, Murillo Oliveira Soares, Luiz Eduardo Gonçalves e Rafael Gomes Nogueira Pereira. O fórum irá além do planejamento urbano, assim como de sua arquitetura oficial, da transferência da capital de Goiás, em 1933, e até das memórias exaltadoras de supostos heróis que a conceberam. Há muito por se construir no que se refere a uma história a contrapelo. Resumo: recuperar o papel de “escovar a história a contrapelo”, diz a organização

Subúrbios e movimentos

A ideia original do ‘Seminário Goiânia a contrapelo: história urbana, movimentos sociais e informalidade’ é pensar & debater a cidade de Goiânia com temas, olhares e interpretações que têm passado distante do trabalho profissional dos historiadores que escrevem e escreveram sobre o seu nome. Itens de pesquisas e pautas como a história de suas autoconstruções desenvolvidas em ocupações urbanas. A história de sua política habitacional [institucional ou popular] e de sua arquitetura vernacular.

Em tempo: a história de seus bairros, de seus subúrbios, a história de seus variados tipos de movimentos sociais, da vida cotidiana dos trabalhadores formais, informais e ambulantes. A história dos homens e mulheres comuns. Do gênero na cidade, da mulher, dos povos indígenas, dos mendigos, dos linchamentos, dos imigrantes e de assuntos invisibilizados. A história urbana é a referência, a interdisciplinaridade dos estudos urbanos envolverá pesquisadores de múltiplas áreas do saber científico, como a  sociologia, a arquitetura e urbanismo, a geografia, a antropologia e história.

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