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Balanço de pagamentos do Banco Central

Da redação
Em nota o Banco Central divulgou ontem (24) o balanço de pagamentos referente a fevereiro deste ano. De acordo as informações foi registrado superávit de US$1 bilhão no segundo mês do ano. As transações correntes foram deficitárias em US$ 6,9 bilhões, acumulando, nos últimos doze meses, saldo negativo de US$ 89,9 bilhões, equivalente a 4,22% do PIB. A conta financeira apresentou ingressos líquidos de US$ 7,6 bilhões, destacando-se os investimentos estrangeiros diretos, US$ 2,8 bilhões, e os investimentos estrangeiros em carteira, US$ 2,2 bilhões.
A conta de serviços apresentou déficit de US$ 2,8 bilhões em fevereiro, 18,5% inferiores ao registrado no mesmo mês de 2014. As despesas líquidas com transportes somaram US$ 607 milhões, redução de 11,8% na mesma base de comparação. O item viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$ 970 milhões, retração de 26,7%, comparativamente ao ocorrido em fevereiro do ano anterior. O resultado foi influenciado pelo queda de 22,9% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior, e recuo de 14,4% nos gastos de viajantes estrangeiros ao Brasil. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos cresceram 7%, atingindo US$ 1,6 bilhão. Destacaram-se as reduções nas despesas líquidas com royalties e licenças, 38,9% e computação e informações, 26%.
As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$ 1,4 bilhão no mês, 29% inferiores ao resultado de fevereiro de 2014. As despesas líquidas totais de lucros e dividendos recuaram para US$ 727 milhões, ante US$ 1,3 bilhão no mesmo mês do ano anterior, enquanto as despesas líquidas de juros somaram US$ 690 milhões, redução de 2,4% no período comparativo. As saídas líquidas de renda de investimento direto totalizaram US$ 639 milhões, 47% inferiores ao observado em fevereiro de 2014. As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira somaram US$ 377 milhões, resultantes de despesas líquidas de lucros e dividendos, US$ 298 milhões, e de juros de títulos de renda fixa, US$ 79 milhões. A despesa líquida de renda de outros investimentos somou US$ 401 milhões, crescimento de 12,2% comparado ao mês equivalente do ano anterior.
As transferências unilaterais registram ingressos líquidos de US$ 158 milhões, superiores em 11,2% ao resultado de fevereiro de 2014. O ingresso bruto de manutenção de residentes somou US$ 133 milhões, recuo de 9,8% no mesmo período comparativo.
Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$ 2,2 bilhões em fevereiro, compostos por entradas líquidas de US$ 1,2 bilhão em ações de companhias brasileiras e ingressos líquidos de US$998 milhões em títulos de renda fixa. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País somaram ingressos líquidos de US$ 2,4 bilhões. As amortizações líquidas de bônus públicos negociados no exterior, incluindo recompras em mercado secundário, somaram US$ 579 milhões. As amortizações líquidas de notes e commercial papers atingiram US$ 800 milhões no mês. As operações em títulos de renda fixa de curto prazo negociados no exterior registraram amortizações líquidas de US$ 37 milhões.

Reservas
As reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram US$ 372,1 bilhões em fevereiro de 2015, redução de US$ 20 milhões em relação ao mês anterior. Em fevereiro, o estoque de linhas com recompra atingiu US$ 9,6 bilhões, recuo de US$ 800 milhões em relação à posição de janeiro. A receita de remuneração das reservas somou US$ 197 milhões. As variações por preços reduziram o estoque em US$ 708 bilhões, enquanto as variações por paridades o elevaram em US$ 482 milhões. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$ 362,5 bilhões em fevereiro, elevação de US$ 780 milhões em relação ao mês anterior.

Dívida externa
A posição da dívida externa bruta estimada para fevereiro totalizou US$ 348 bilhões, diminuição de US$ 484 milhões em relação ao estoque de dezembro de 2014. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$ 289 bilhões, redução de US$ 1,8 bilhão, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$59 bilhões, elevação de US$ 1,3 bilhão, no mesmo período.
Dentre os determinantes da variação da dívida externa de longo prazo no período, destacam-se os empréstimos tomados pelo setor não financeiro, US$ 1,1 bilhão; as amortizações de títulos de dívida do setor financeiro, US$ 1 bilhão, e a redução provocada pela variação por paridades, US$ 2 bilhões. A variação da dívida externa de curto prazo no período decorreu, principalmente, de empréstimos de curto prazo tomados pelos setores financeiro e não financeiro, US$ 483 milhões e US$ 876 milhões, respectivamente.

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