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Mercado registra queda de 2.415 postos de trabalho em fevereiro

A perda de empregos equivale a 80.732. Nos últimos 12 meses, a redução corresponde a 47.228 

Agência Brasil
O número de trabalhadores demitidos, em fevereiro, superou o de admitidos, em 2.415 vagas. O resultado é o pior para o mês, desde fevereiro de 1999, quando foi registrado um saldo negativo de 78.030 empregos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados, ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O resultado decorre da diferença entre 1.646.703 admissões e 1.649.118 demissões registradas no mês. Em janeiro de 2015, o saldo negativo foi ainda maior: 81.774 postos de trabalho. Em fevereiro de 2014, o saldo foi positivo em 260.823 vagas.
Com isso, no acumulado do ano, a queda de postos de trabalho equivale a 80.732 postos e, nos últimos 12 meses, a redução corresponde a 47.228 empregos. Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, apesar de o resultado ter sido negativo, há um indicativo positivo: “Ele demonstra uma estabilização em relação ao resultado obtido em janeiro”.
Os setores que mais influenciaram a queda do emprego em fevereiro foram o comércio, com uma diminuição de 30.354 vagas na comparação com o mês anterior, e a construção civil, com uma queda de 25.823 postos. “Por outro lado, tivemos uma recuperação na área de serviços com 52.261 vagas criadas. No caso do setor de construção civil, os empregos são por prazo determinado e, no fim do ano, tivemos o término de muitos desses contratos. Mas novos orçamentos destinados aos programas de habitação voltados para a população de baixa renda vão estimular novas contratações”, acrescentou Manoel Dias.
Segundo ele, há uma expectativa de melhora da situação de empregos na medida em que os R$ 56,5 bilhões previstos para serem aplicados na construção de casas próprias para a população de baixa renda forem sendo aplicados. “Estimamos que, só com esses investimentos, serão criados 2,5 milhões de empregos ao longo do ano. Já foram liberados R$ 8,7 bilhões para a contratação de mais de 99 mil unidades residenciais que vão gerar 285 mil novos postos de trabalho. Além disso, está em fase de estudo o acréscimo de mais R$ 10 bilhões nos investimentos para esse tipo de habitação”, acrescentou o ministro.
De acordo com o Caged, a indústria da transformação apresentou saldo positivo de 2.001 vagas. Segundo o ministro, esse saldo positivo também representa um bom indicativo. Nesse setor, houve dois destaques: a indústria de calçados, com a geração de 5.401 postos de trabalho e a indústria de produtos alimentícios, com saldo positivo de 2.329 postos de trabalho.
Rio de Janeiro foi o Estado que apresentou maior perda de emprego no mês, com déficit de 11.101 postos de trabalho. “Certamente, por influência das denúncias nos contratos envolvendo a Petrobras”, admitiu Dias. O segundo Estado com pior resultado foi Pernambuco, com uma queda de 10.660 postos de trabalho. Santa Catarina e Paraná foram os Estados que registraram os melhores resultados, com a criação de 12.108 e 8.574 postos de trabalho, respectivamente.

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