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À espera do Fed e com Grécia no radar, dólar comercial sobe e Bolsa está em queda

SÃO PAULO - O mercado financeiro está em compasso de espera aguardando o final da reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, que anuncia hoje sua decisão de política monetária. O dólar comercial abriu a sessão desta quarta-feira praticamente estável e às 11h16m estava sendo negociado a R$ 3,10 na venda, com alta de 0,12%. Na máxima do dia, a divisa foi negociada a R$ 3,105 e na mínima desceu a R$ 3,090. Na Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, índice de referência do mercado de ações brasileiro, também oscilou próximo da estabilidade na abertura, mas às 11h18m apresentava queda de 0,64% aos 53.359 pontos.

A expectativa dos investidores é que os juros não sejam elevados nos EUA, permanecendo no atual patamar - entre zero e 0,25% ao ano. Também no cenário externo está no radar dos investidores a ameaça feita pela Grécia de abandonar a União Europeia e a moeda comum, o euro.

Para Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest, mais importante do que o aumento do juro nos EUA é a velocidade que isso acontecerá.

- Tudo indica que a velocidade de alta será lenta, já que ainda há muitos problemas na economia mundial. Já há gente prevendo que a taxa nem suba em setembro deste ano, como se esperava até agora. A Grécia está no foco, mas acredito que apesar da ameaça o país deverá permanecer na zona do euro - afirmou Cardoso.

O mercado acredita que o comunicado da reunião do Fed manterá o tom suave, mostrando disposição da instituição em subir os juros lentamente.

Para o estrategista macro da XP Securities, Paulo Hermanny, o Fed poderá subir os juros no próximo mês de setembro, se os próximos dados a serem divulgados da economia americana mostrarem que o crescimento foi retomado, independente de fatores sazonais. Na estimativa de Hermanny, os juros subiriam 0,25 pontos percentuais este ano e, a partir de 2016, mais 0,25 a cada reunião. Com isso, os juros nos EUA chegariam a 3,75% em 2017.

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No cenário doméstico, Marcio Cardoso destaca o vencimento de opções e contratos futuros do índice, que devem trazer mais volatilidade ao pregão no início da tarde. Para o especialista, a expectativa de que seja votado e aprovado pelo Senado o projeto de lei que acaba com a participação mínima obrigatória de 30% da empresa nos consórcios que vão explorar o pré-sal tem impacto positivo sobre as ações da empresa.

- Se o projeto de lei for aprovado, abre-se a possibilidade de que empresas estrangeiras possam investir no país e traz alívio para a Petrobras, que fica desobrigada de participar de todos os consórcios - diz Cardoso.

As ações da Petrobras estão entre as maiores altas do pregão. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) estão em alta de 1,05% a R$ 13,49, a quarta maior valorização do Ibovespa. Já as ações ordinárias (com direito a voto) apresentam valorização de 1,02% a R$ 14,83, a quinta maior alta do índice. Jás as ações de bancos, que têm o maior peso no Ibovespa, recuam. Os papéis preferenciais do Itaú Unibanco perdem 1,62% a R$ 33,94 e os PN do Bradesco recuam 2,01% a R$ 27,75.

A maior alta do pregão é apresentado pelas ações ordinárias da Tim Participações com alta de 3,53% a R$ 9,98 e a maior queda é apresentada pelas ações ordinárias da Siderúrgica Nacional, com desvalorização de 2,93% a R$ 5,63.

Na Europa, as principais Bolsas estão em queda e nos EUA os pregões abriram o dia no campo positivo.

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