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Bolsa cai mais de 1% após indicadores ruins da economia; dólar sobe a R$ 3,06

SÃO PAULO - O dólar comercial está sendo negociado em alta frente ao real, depois de ficar próximo da estabilidade nos primeiros negócios do dia. Às 10h19m, a moeda americana estava sendo negociada a R$ 3,06 na venda, uma valorização de 0,32%. Na máxima do dia, a divisa subiu a R$ 3,07 e na mínima recuou até R$ 3,05. Na Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, principal indicador do mercado de ações brasileiro, abriu em queda refletindo a piora dos indicadores da economia brasileira. Às 10h11m, o índice recuava 1,09% aos 53.648 pontos.

No exterior, a divisa americana também ganha força frente às principais moedas diante do cenário de incerteza em relação às negociações da Grécia com seus credores. Ontem, porém, a tendência foi de desvalorização do dólar no exterior depois da decisão do Fed de manter os juros entre zero e 0,25% ao ano e sinalizar que a elevação das taxas deve acontecer de forma gradual.

De acordo com Guilherme França, da corretora de dâmbio Correparti, além da influência da decisão do Fed, houve um movimento técnico de recomposição de posições compradas no mercado futuro, o que trouxe equilíbrio à cotação do dólar ontem.

No cenário doméstico, as atenções estão voltadas ao IBC-Br, indicador de crescimento do país, que apontou que a economia brasileira encolheu 0,84% em abril em relação a março. A retração foi maior do que a esperada pelo mercado, entre 0,35% e 0,40%, o que impacta o humor dos investidores.

De acordo com relatório da Correparti, o mercado local também vai digerir o adiamento da votação do projeto de lei das desonerações, que ficou para a próxima semana, mas por causa das festas de São João pode ter mais um adiamento por falta de quórum.

“Os investidores repercutem ainda o IPCA-15 (que acelerou para 0,99% em junho frente aos 0,60% de maio, a maior alta para junho em 20 anos). Outra notícia que deverá pesar hoje no mercado é a informação de que o governo fará uma proposta para reduziro superávit primário de 2015 junto às lideranças do Congresso. O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já estaria em conversas com as agências de rating para tentar evitar um downgrade, caso esta proposta tenha êxito” diz França, em relatório divulgado nesta sexta.

Na Europa, as principais bolsas trabalham em alta, favorecidas pelo rali das ações nas bolsas americana ontem, apesar das preocupações com a Grécia. Ainda não há solução para o impasse das negociações de Atenas com os credores internacionais, e uma cúpula de emergência de líderes da zona do euro foi convocada para tratar do assunto na segunda-feira.

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