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Bolsa sobe após JBS comprar a Marfrig por US$1,5 bilhões

SÃO PAULO - Os investidores estão com a atenção voltada para a Grécia e para os desdobramentos da operação Lava Jato, da Polícia Federal, os investidores se mostram cautelosos nesta segunda. O dólar comercial mantém a trajetória de queda, desdes o início dos negócios, e às 10h47m estava sendo negociado em baixa de 0,87%, cotado a R$ 3,074, a mínima do dia. Na máxima, a moeda americana subiu até R$ 3,097. Na sexta, o dólar se valorizou 1,51% frente ao real na sexta-feira, encerrando a sessão negociado a R$ 3,101. Na Bolsa de Valores, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações, abriu estável e às 10h48m estava em alta de 0,20% aos 53.854 pontos.

A maior alta é apresentada pelas ações ordinárias (com direito a voto) da Marfrig. A empresa vendeu para a JBS a divisão de aves Moy Park, na Europa, pelo valor de US$ 1,5 bilhão. Em conferência com analistas, Marcos Molina, presidente do conselho da companhia, afirmou que a venda reduzirá a dívida da Marfrig pela metade. Os papéis da empresa se valorizam 11,39% a R$ 5,38.

Na ponta oposta, os papéis da Braskem continuam se desvalorizando impactados pela Operação Lava Jato, que levou á prisão o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que controla a Braskem. Os papéis PNA da Braskem recuam 1,61% a R$ 12,20, a maior baixa da Bovespa. Na sexta, eles já havia se desvalorizado mais de 10%.

A Braskem confirmou que a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em sua sede, na capital paulista,. Em nota empresa negou que o conteúdo do e-mail que levou à prisão de Marcelo Odebrecht, presidente do grupo Odebrecht, tenha relação com a petroquímica.

"Os investidores deverão optar por posições defensivas nesse momento de instabilidade política no país agravada desde a última sexta-feira, buscando proteção na moeda americana em detrimento ao risco do mercado acionário", diz em relatório Ricardo Gomes, especialista em câmbio da corretora Correparti.

No exterior, os investidores mantêm a atenção na Grécia, que apresentou em Bruxelas uma nova proposta fiscal aos credores internacionais, classificada pelo premiê grego, Alexis Tsipras como o último esforço para evitar o calote do país aos credores e uma possível saída da zona do euro.

A proposta prevê novos cortes no orçamento e nas aposentadorias e será analisada nesta segunda. O banco central europeu liberou recursos para que o país não fique sem dinheiro, depois que os gregos sacaram cerca de 4 bilhões de euros nos últimos dias numa corrida aos bancos. O impasse deverá alimentar a valorização do dólar ante o euro, já que em caso extremo a Grécia pode deixar a moeda comum, trazendo turbulências à Europa.

"Os investidores deverão optar por posições defensivas nesse momento de instabilidade política no país agravada desde a última sexta-feira, buscando proteção na moeda americana em detrimento ao risco do mercado acionário", diz em relatório Ricardo Gomes, especialista em câmbio da corretora Correparti.

No exterior, as bolsas americanas abriram em alta, enquanto na Europa os pregões também se valorizam apostando num acordo entre a Grécia e os credores.

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