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BC divulga balanço de pagamentos

Da redação

A assessoria do Banco Central (BC), divulgou esta semana o balanço de pagamentos do setor externo do mês de julho. As transações correntes apresentaram saldo negativo de US$ 6,2 bilhões, acumulando, nos últimos doze meses, deficit de US$ 89,4 bilhões, equivalente a 4,34% do PIB. Na conta financeira, as captações líquidas superaram as concessões líquidas em US$ 5,7 bilhões, destacando-se os ingressos líquidos de US$ 6 bilhões em investimento direto no país.

A conta de serviços registrou despesas líquidas de US$ 3,3 bilhões no mês, recuo de 24,2% na comparação com o resultado de julho de 2014. As despesas líquidas com transportes recuaram 22,5%, na mesma base de comparação, atingindo US$513 milhões. O item viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$1,2 bilhão, 25,5% inferiores ao ocorrido em julho do ano anterior, apresentando reduções de 30,4% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior e de 40,4% nas despesas de viajantes estrangeiros ao Brasil.

Eles ressaltam  que a Copa do Mundo, ocorrida no Brasil em junho e julho de 2014, contribuiu para elevar a base de comparação dos gastos de turistas estrangeiros no país. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos somaram US$1,7 bilhão, redução de 28,1% ante julho de 2014. Na mesma base de comparação, houve elevação de despesas líquidas em telecomunicação, computação e informações, 27,9%, e contração de despesas líquidas com serviços de propriedade intelectual, 26,8%.

As despesas líquidas de renda primária atingiram US$5,2 bilhões no mês, recuo de 19,3% na comparação com julho de 2014. As despesas líquidas de lucros e dividendos somaram US$623 milhões, ante US$1,2 bilhão, em mês correspondente do ano anterior. As despesas líquidas de juros totalizaram US$4,6 bilhões, 13% inferiores ao resultado do período comparativo. As saídas líquidas de renda de investimento direto somaram US$671 milhões, redução de 12,7%, na comparação com julho de 2014.

Quanto as despesas líquidas de renda de investimentos em carteira somaram US$4,4 bilhões, compostas por despesas líquidas de lucros e dividendos, US$285 milhões; de juros de títulos negociados no mercado externo, US$1,1 bilhão, e no mercado interno, US$2,9 bilhões. A despesa líquida de renda de outros investimentos recuou para US$426 milhões, 25,8% abaixo do registrado em julho do ano anterior, enquanto as receitas de reservas atingiram US$212 milhões.

A conta de renda secundária apresentou ingressos líquidos de US$241 milhões. A receita bruta de transferências pessoais atingiu US$228 milhões em julho, 27,1% acima do resultado observado em mesmo mês do ano anterior.

Os investimentos diretos no exterior somaram aplicações líquidas de US$1,5 bilhão, compreendendo US$1,6 bilhão em participação no capital, incluídos US$483 milhões decorrentes do reinvestimento de lucros; e retornos de US$156 milhões, proveniente de operações intercompanhias.

Os investimentos diretos no país aumentaram US$6 bilhões, dos quais US$3,5 bilhões em participação no capital, incluídos US$219 milhões decorrentes de reinvestimento de lucros; e US$2,5 bilhões em operações intercompanhias. Em doze meses, os ingressos líquidos dos investimentos diretos no país somaram US$78,4 bilhões, equivalentes a 3,81% do PIB.

Os investimentos em carteira passivos somaram saídas líquidas de US$4,1 bilhões em julho, compostos por remessas líquidas de US$4,4 bilhões em títulos de renda fixa e de U$390 milhões em ações, e ingressos líquidos de US$624 milhões em fundos de investimento, e remessas líquidas. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no país somaram remessas líquidas de US$3 bilhões. As operações com títulos soberanos negociados no exterior totalizaram amortizações de US$74 milhões. Os demais títulos de renda fixa de longo prazo negociados no exterior apresentaram amortizações líquidas de US$1,1 bilhão, enquanto os de curto prazo registraram saídas líquidas de US$164 milhões.

Os outros investimentos ativos recuaram US$3,2 bilhões, compreendendo expansão de US$957 milhões em depósitos de propriedade de empresas não financeiras, e redução de US$7,6 bilhões em depósitos mantidos por bancos brasileiros no exterior. Os créditos comerciais e adiantamentos cresceram US$3,5 bilhões em julho.

Os outros investimentos passivos registraram ingressos líquidos de US$4,8 bilhões. Os ingressos líquidos decorrentes de créditos comerciais e adiantamentos atingiram US$4 bilhões, concentrados em operações de curto prazo. Os empréstimos totalizaram ingressos líquidos de US$800 milhões.

Reservas internacionais

As reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram US$370,8 bilhões em julho de 2015, redução de US$1,4 bilhão em relação ao mês anterior. No mês, o estoque de linhas com recompra atingiu US$2,5 bilhões, decréscimo de US$1 bilhão em relação à posição de junho de 2015. A receita de remuneração das reservas somou US$212 milhões. As variações por preços elevaram o estoque em US$334 milhões e as variações por paridades o reduziram em US$2,1 bilhões. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$368,3 bilhões em julho, redução de US$417 milhões em relação ao mês anterior.

Dívida externa

A posição da dívida externa bruta estimada para julho totalizou US$343,2 bilhões, redução de US$5,4 bilhões em relação ao montante apurado para março de 2015. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$287,4 bilhões, redução de US$2,9 bilhões, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$55,9 bilhões, diminuição de US$2,5 bilhões no mesmo período.

Dentre os determinantes da variação da dívida externa de longo prazo no período, destacam-se os empréstimos tomados pelo setor não financeiro, US$2,8 bilhões, bem como a redução provocada pela variação por paridades, US$231 milhões. A variação da dívida externa de curto prazo no período é explicada principalmente por empréstimos tomados pelo setor financeiro, US$2,7 bilhões.

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