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Lições de sustentabilidade ao mundo

O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes, disse, ontem (3), que o agronegócio “sustenta e integra” e dá demonstrações de sustentabilidade ao mundo. O presidente da Embrapa abriu o 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio durante solenidade no auditório do Sheraton Hotel, em São Paulo, que contou com a participação do governador Geraldo Alkmin, entre outras autoridades.

Em sua opinião, o agronegócio pratica uma verdadeira revolução ao promover “extraordinária transformação no Brasil”. Para Maurício Lopes, o País hoje é reverenciado no mundo em função das práticas agrícolas e pecuárias aliadas às práticas conservacionistas. Exemplificou que novas tecnologias geradas pela pesquisa brasileira proporcionam novas safras agrícolas numa mesma área ao longo do ano, recuperação ainda de áreas degradadas e a adoção dos sistemas de plantios diretos, integração da lavoura, da pecuária e das florestas.

Com essas referências, o presidente da Embrapa demonstra otimismo com o futuro agropecuário verde-amarelo como fornecedor de alimentos para o mundo, com ênfase na Ásia. Segundo ele, para superar as adversidades do clima, da urbanização acelerada, um dos investimentos indispensáveis será acelerar as mudanças tecnológicas, aumentar a prática da sustentabilidade, da diversificação e da especialização. As instituições de ensino, como as faculdades, devem se voltar para os grandes desafios econômicos.

Maurício Lopes enalteceu a adoção do Código Florestal como modelo mundial de sustentação ambiental com produção agropecuária. O boi carbono neutro constitui uma das próximas novidades da Embrapa, revelou o conferencista, para satisfação dos presentes. “Investimos em pesquisa e inovação, mas nossos recursos ainda estão bem aquém dos recursos destinados ao agro na China, que é de 13%, dos 19% da China e de apenas 5% no Brasil”, lamentou, mas propondo lutar por maiores recursos financeiros nesse sentido. Para tanto, defendeu novas parcerias e novos arranjos.

Sustentar é integrar

Ao abrir o 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio, o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos de Carvalho, ressaltou os “bons resultados da cadeia do agro” alcançados no Brasil. Enumerou a tecnologia tropical posta em prática nas regiões produtoras, as três safras anuais somente praticadas no País, a integração lavoura, pecuarista e floresta, o biodiesel, a biotecnologia, o modelo tecnológico do crédito de carbono, entre outros aspectos.

Carvalho, no entanto, demonstrou preocupação com a política econômica e financeira brasileira.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, reconheceu que o País vive um momento de ajustes na economia. “É contingência para a retomada do crescimento”, disse, observando que crises políticas existem em Portugal e na Grécia e desde que o Brasil foi descoberto”. Mas observou que “elas serão superadas” e o agronegócio, no lado econômico, dará a sua contribuição. Apontou nessa direção a produção de alimentos e de energia, onde “o Brasil é referência mundial”.

Geração de riquezas

O governador Geraldo Alkmin enalteceu o agronegócio como campeão do emprego num momento difícil. “É ele quem segura a peteca”, citou o governador de São Paulo, que cobrou, também, uma logística. Alkmin cobra a integração das ferrovias, hidrovias, rodovias e dos portos para que a riqueza gerada circule mais rapidamente e com menores custos em relação aos países concorrentes.

Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro, abordou o tema Agronegócio brasileiro, produção 365 dias, em que reafirmou a importância da cadeia do agro na economia nacional e enumerou os problemas que afligem aos produtores, intermediários, indústria e exportadores. Entre eles o Custo Brasil, com a elevada carga tributária, os trâmites burocráticos e a logística na área de escoamento.

O professor Moacyr Corsi, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), foi homenageado como Prêmio Norman Borlaug. O homenageado tem prestado relevantes serviços à agricultura brasileira. O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, recebeu o Prêmio Ney Bittencourt de Araújo.

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