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ECONOMIA

A queda do desemprego

Os empregadores brasilei­ros alimentam boas ex­pectativas de emprego em três meses, indica uma pes­quisa realizada pela consulto­ria Manpower Group. Segundo a pesquisa, as perspectivas de contratação para os próximos três meses aumentaram 13% em re­lação ao mesmo período do ano passado e 4% em relação ao últi­mo trimestre. Os resultados são os melhores desde o 1º trimestre de 2015. Os empregadores do setor industrial relatam a previsão mais otimista com mais 13%

O Manpower Group, empresa dedicada a recrutamento de tra­balhadores e gestão de pessoal, anunciou os resultados de seu levantamento trimestral da Pes­quisa de Expectativa de Empre­go para o 1º trimestre de 2018. O estudo se baseia em entrevistas com 850 empregadores no Bra­sil e 58.712 empregadores em 43 países. Todos os participantes res­ponderam à seguinte pergunta: "Como você antecipa a emprega­bilidade em sua região nos próxi­mos três meses em comparação com o trimestre atual”?

A pesquisa mostra que as in­tenções de contratação entre ja­neiro a março 2018, atingiram mais 6% no Brasil. Os planos de contratação melhoraram 4% em relação ao trimestre anterior e 13 % comparados com o mesmo pe­ríodo do ano passado. A pesquisa revela que 13% dos empregado­res brasileiros esperam aumentar os níveis de contratação nos pró­ximos três meses; 8% antecipam uma redução nas contratações e 72% não prevêem mudanças.

“Esta é uma boa notícia. Com sinais de recuperação econômi­ca após três anos de recessão, as empresas estão aumentando ti­midamente as contratações, o que já está refletindo na melho­ria da taxa de desemprego. Além desta recuperação, os indicado­res macroeconômicos são fa­voráveis, com uma queda drás­tica da inflação e das taxas de juros criando um cenário favo­rável para a retomada do inves­timento e da criação de empre­gos", diz Nilson Pereira, diretor do ManpowerGroup Brasil.

Esta retomada, segundo Nilson Pereira, baseia-se principalmente no cenário econômico global com maior estabilidade e aumento dos preços das commodities, o que im­pulsiona setores relacionados ao agronegócio e às exportações. “Em nossa pesquisa”, diz o empresário, “os empregadores do setor indus­trial informam a previsão mais oti­mista com 13%, enquanto o setor de construção é o pior com -1%". Apesar da decepcionante previsão do setor de construção no primei­ro trimestre, foi notado que a pers­pectiva melhorou nos últimos le­vantamentos. “Portanto, é possível que essa tendência continue e que possamos ter uma melhor notícia para os candidatos a emprego no próximo ano", acrescenta.

O Brasil é 28º país com melhor intenção de contratação para o próximo trimestre, subindo 12 po­sições deste o último levantamen­to realizado pelo ManpowerGroup. As melhores perspectivas do ran­king são reportadas pelos empre­gadores de Taiwan, Japão, Índia, Estados Unidos e Costa Rica. En­quanto isso, os empregadores re­latam as perspectivas de contra­tação mais fracas na Áustria, Itália, Bélgica e França. Pelo segundo tri­mestre consecutivo, desde a reces­são global em 2009, não há pers­pectivas negativas divulgadas nos 43 países e territórios pesquisados.

COMPARATIVO

Os empregadores participantes são classificados em quatro catego­rias, conforme o porte da empresa: microempresas têm menos de 10 funcionários; pequenas empresas têm de 10 a 49 funcionários; empre­sas médias têm entre 50 e 249 fun­cionários; e grandes empresas têm mais de 250 funcionários.

É previsto um aumento no ní­vel de contratações dos emprega­dores de grandes e médias empre­sas para o próximo trimestre, com os planos de contratação mais for­tes relatados pelos empregadores de grandes empresas (16%). No entanto, os empregadores de pe­queno e grande porte esperam que as intenções de contratação dimi­nuam, principalmente com uma expectativa de emprego de -3%, re­latada pelas microempresas.

De acordo com a pesquisa, os empregadores esperam aumen­to de mão-de-obra em diferentes níveis em 41 dos 43 países duran­te o período de janeiro a março. Além disso, os empregadores da Austrália, Japão, Noruega, Polônia, Romênia e Estados Unidos, rela­tam os melhores planos de con­tratação em cinco anos ou mais. Existem também sinais de que a volatilidade observada recente­mente em alguns países–princi­palmente no Brasil, na China e na Índia–está em declínio.

No geral, as previsões melho­ram ou permanecem estáveis na maioria dos países. Quando comparado com o trimestre an­terior, as perspectivas de contra­tação melhoram em 20 dos 43 países, permanecendo inaltera­das em oito e diminuem em 15. Em comparação com o mesmo período do ano passado, as in­tenções de contratação melho­ram em 26 dos 43 países, ficando inalteradas em seis e se enfra­quecendo em apenas 11.

Comparado com o mesmo período do ano passado, as pers­pectivas melhoram em 14 paí­ses, diminuem em oito e perma­necem inalteradas em três. Os candidatos a emprego na Romê­nia e na Eslovênia podem se be­neficiar dos planos de contrata­ção mais fortes da região EMEA no primeiro trimestre, enquanto as previsões mais fracas são re­portadas na Áustria e na Itália, com os empregadores de ambos os países prevendo um ritmo de contratação fixo nos primeiros três meses do ano.

EXPECTATIVAS REGIONAIS:

EMEA (Europa, Oriente Médio e África)

O aumento da força de trabalho é previsto em 23 dos 25 países da região Europa, Oriente Médio e África (EMEA) nos três primeiros meses de 2018. Os planos de contratação melhoram em 10 países em relação ao anterior, se enfraquecem em 10, e são inalterados em cinco. Em uma comparação com o mesmo período do ano passado, as perspectivas melhoram em 14 países, diminuem em oito e permanecem inalteradas em três. Os candidatos a emprego na Romênia e na Eslovênia podem se beneficiar dos planos de contratação mais fortes da região EMEA, enquanto as previsões mais fracas são reportadas na Áustria e na Itália, com os empregadores em ambos os países prevendo um ritmo de contratação fixo nos primeiros três meses do ano.

ÁSIA PACÍFICO

As folhas de pagamento deverão aumentar em todos os oito países e territórios da Ásia-Pacífico. A previsão melhora variando as margens em cinco países e territórios em comparação com os resultados do quarto trimestre, enfraquece em apenas dois e permanece inalterada em um. Em comparação com o ano anterior, as contratações se fortalecem em seis e permanecem inalterados nos restantes dois. Os empregadores de Taiwan informam a previsão mais otimista da região, bem como em todo o mundo. As previsões mais fracas da região são relatadas pelos empregadores na China e em Cingapura.

AMÉRICAS

Expectativas positivas são relatadas em todos os 10 países pesquisados nas Américas. A expectativa de emprego se fortalece em cinco países, cai em três e é inalterada em dois quando comparada aos últimos três meses de 2017. Na comparação ano-a-ano, a atividade de contratação deverá crescer em seis países, diminuir em três e permanece inalterado em um. Os empregadores nos Estados Unidos e Costa Rica relatam os planos de contratação mais fortes do primeiro trimestre, enquanto os brasileiros e panamenhos relatam o mais fraco.

SOBRE A PESQUISA


A pesquisa de Expectati­va de Emprego do Manpower Group é realizada trimestral­mente para quantificar a in­tenção dos empregadores de aumentar ou diminuir o rit­mo de contratação de cola­boradores nas suas forças de trabalho no próximo trimes­tre. A previsão completa das intenções de contratação dos empregadores realizada pelo Manpower Group tem sido feita ao longo de mais de meio século, sendo uma das pes­quisas mais confiáveis sobre a atividade da área no mun­do todo. Diversos fatores sus­tentam o sucesso da Pesquisa de Expectativas de Emprego do Manpower Group: Unici­dade: Esta pesquisa não tem comparação no que se refere ao tamanho, escopo, duração e área de enfoque.

A Pesquisa de Expectativa de Emprego do Manopower Group é considerada uma das mais abrangente e prospecti­va do mundo, solicitando que os empregadores façam uma previsão sobre emprego no próximo trimestre. Em con­traste, outras pesquisas e es­tudos da área focam em dados retrospectivos para relatar o que ocorreu no passado.

A pesquisa é conduzida com uma amostra represen­tativa de empregadores de todos os países e territórios onde é realizada. Os partici­pantes da pesquisa não são obtidos da base de clientes do Manpower Group. A pesquisa se baseia em entrevistas com quase 59 mil empregadores públicos e privados em 43 paí­ses e territórios, para medir tendências previstas de em­prego a cada trimestre. Essa amostra permite que a análi­se seja executada em setores e regiões específicos para for­necer informações mais deta­lhadas. Esta pesquisa é reali­zada há 55 anos.


Agropecuária gerou 64 mil novas vagas em Goiás

Wandell Seixas

O setor agropecuário gerou mais de 64 mil novos empre­gos em Goiás no decorrer deste ano, conforme balanço da ati­vidade anunciado durante en­trevista coletiva, ontem, pelo presidente da Federação da Agricultura, José Mário Schrei­ner. “Esses números são 18% maiores do que 2016”, acrescen­tou. Durante o ano, o segmen­to bateu recorde de safra com a elevação de 24,6% na produ­ção de grãos, corresponden­te a 21,8 milhões de toneladas, com apenas 0,5% de aumento na área de 5,24 milhões de hec­tares no Estado.

Ao traçar novas perspectivas para 2018, José Mário demons­trou otimismo com a recupera­ção do consumo interno. Levou em conta, para tanto, o cresci­mento da economia e conse­quente aumento do consumo de proteínas animais, ressaltan­do as carnes. Vê melhor oferta na compra de bovinos. Com re­lação à carne suína, avalia que haverá maior equilíbrio entre oferta e demanda, preços mais estáveis e expectativa de au­mento da produção de 2,5%.

Com relação às aves, a expec­tativa de aumento da produção devido à melhora do mercado interno e externo. Analisando as perspectivas do leite, aponta produção estável com tendên­cia de queda. Lembrou, a pro­pósito, do impacto na queda dos preços do produto in natu­ra este ano. A queda foi de mais de 16%. As importações devem prosseguir, em face de acordos internacionais.

PRINCIPAIS DESAFIOS

Em sua opinião, os principais desafios para os produtores são representados pela assistência técnica. “Continuará sendo o principal tema a ser desenvol­vido”, disse. A alavancagem da parte da classe D e E para a clas­se C. E avanço da classe C para a A e B, considerou.

O dirigente sindical defende a aprovação pelo Congresso Na­cional das reformas básicas, en­tre elas a previdenciária e tribu­tária. “A reforma previdenciária corta privilégios”, sustentou. Pro­clamou a urgência na melho­ria da infraestrutura ferroviária, portuária, rodoviária, armazena­gem e energia elétrica.

A implantação e consolida­ção da Política Agrícola Plu­rianual é vista pelo presiden­te da Faeg como necessária, a exemplo de acordos comerciais e negociação de novos acordos comerciais. Citou a título de exemplos negociações para am­pliar os mercados para os grãos e carnes com o Mercosul, In­donésia, Coréia do Sul, Estados Unidos, Canadá e Singapura.

Por fim, como desafio a fi­nalização das adequações dos programas de defesa sanitária e retirada da vacinação de febre aftosa. As eleições representam desafios, porque há incertezas quanto o resultado do pleito de 2018. Candidaturas populistas, como de Lula, que as pesquisas apontam como favorito à Pre­sidência da República, signi­ficam retrocesso para o setor econômico.

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