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Viagens ficarão mais caras em 2019, mas não no Brasil, mostra pesquisa

Foto:Reprodução


O preço das viagens deve aumentar no mundo em 2019. Os gastos com passagens aéreas vão subir 2,6%, enquanto as despesas com hotéis crescerão 3,7%.

As previsões são do relatório Global Travel Forecast, da empresa de viagens corporativas CWT (Carlson Wagonlit Travel) em parceria com a Associação Global de Viagens Corporativas (GBTA, na sigla em inglês).

A boa notícia é que as viagens no Brasil devem seguir na contramão da tendência. É previsto que os gastos com hotéis caiam 1,9%, e que as passagens aéreas fiquem 3,1% mais baratas por aqui.

A queda é esperada apesar do recente histórico de alta das passagens no país: subiram 7,9% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017, segundo a Anac.

"Tivemos aumento nas tarifas devido a cobrança de serviços adicionais que antes não existiam, como remarcação de assento e franquia de bagagem, e por isso ainda não vimos uma diminuição efetiva do preço das passagens", diz Fernando Michelini, diretor presidente da CWT no Brasil.

Para ele, o acordo de céus abertos selado entre Brasil e Estados Unidos deve trazer competição para as companhias aéreas e reduzir o preço das passagens nos próximos anos.

O aumento esperado nos gastos globais com passagens e hotéis é causado por ameaças a economia, como o aumento de políticas protecionistas, o risco de guerras comerciais e a incerteza sobre como vai ser o Brexit, no Reino Unido, afirma Michael W. McCormick, diretor executivo da GBTA.

O relatório aponta também algumas tendências de destinos e viagens: a Espanha vai ter aumento de 6,7% nas passagens aéreas e de 8,5% nos hotéis, motivados por um maior fluxo de visitantes -o país pode ultrapassar os Estados Unidos como a segunda nação mais visitada do mundo, segundo a pesquisa (o primeiro lugar continua com a França).

Outra tendência é o aumento do número de voos com mais de 17 horas no ar. Segundo a pesquisa, há hoje 19 rotas com essa duração em funcionamento no mundo, três vezes a quantidade de uma década atrás.

Segundo Michelini, esse crescimento reflete o desenvolvimento tecnológico das companhias aéreas e também sua vontade de cortar custos: um único voo mais longo é mais barato para a companhia do que uma junção de voos curtos.

Para o passageiro, mesmo que seja cansativo ficar 19 horas em um avião, o voo pode compensar o desgaste com a espera em escalas e deslocamentos pelos aeroportos.

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