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Waldyr O’Dwyer, o Capitão da Indústria, morre aos 102 anos

PIONEIRO

O Sistema Fieg lamenta profundamente a morte de um de seus mais importantes pioneiros. O Decano da Indústria, ex-combatente na 2ª Guerra Mundial e que iniciou negócios em Goiás na década de 40, contribuiu decisivamente com o processo de industrialização do Estado e com a estruturação das diversas entidades do segmento

Dehovan Lima

Fotos: Alex Malheiros

Um dos personagens mais importantes da indústria goiana, o empresário Waldyr O’Dwyer, do Grupo Anadiesel, morreu hoje (27/04), em Anápolis, aos 102 anos – ele faria 103 em 12 de julho. Decano do setor produtivo, ele participou desde os primórdios do processo de industrialização de Goiás, com militância ativa no segmento, tendo sido o primeiro presidente da Fieg Regional Anápolis, fundador do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis, há mais de 40 anos, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás em vários mandatos, na gestão de José Aquino Porto, e membro dos Conselhos Regionais do Sesi e Senai em Goiás.

Capitão da reserva do Exército, O’Dwyer integrou como voluntário a Força Expedicionária Brasileira (FEB) na 2ª Guerra Mundial, nos anos 1940, atuando nos campos de batalha na Itália. Nascido no Rio de Janeiro em 1916, filho de Pedro e Guiomar Paiva O’Dwyer, o Capitão da Indústria tem vida repleta de lutas pelo País e por Goiás. Após o conflito armado, foi transferido com seu batalhão para Ipameri (GO), onde construiu a primeira câmara frigorífica de Goiás. Ali, casou-se em 1946 com Hertha Layser, que faleceu em 1982. Na década de 50, nasceram os filhos, William e Cynthia.

Nos anos 60, mudou-se para Anápolis, onde se tornaria importante líder classista, ocupando vários cargos na Fieg. Sua história se confunde com a da industrialização do Estado, com valiosa contribuição para sua consolidação como uma das mais dinâmicas do País.

A vida empresarial havia sido iniciada ainda na década de 40, em Ipameri (GO), com as Indústrias Reunidas Santa Cruz, abastecendo com charque a Região Nordeste do País. Encerrado o ciclo da atividade na indústria da carne, abraçou, no início da década de 60, a oportunidade de ser o concessionário Mercedes-Benz em Anápolis, em meio ao boom de desenvolvimento da Região Centro-Oeste, resultante da criação da capital federal e da construção da rodovia Belém-Brasília.

No final de 2018, o empresário foi homenageado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás, que construiu sede própria da Fieg Anápolis e batizou com seu nome o novo prédio, que abriga também os seis sindicatos de indústrias com base no município.

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