Home / Economia

ECONOMIA

Leilão positivo para Goiás: Valores da Celg T serão usados para equilibrar previdência

Leiloada por R$ 1,977 bilhão, valor 80,10% acima do lance inicial mínimo, a Celg Transmissão S.A (Celg T) foi um melhor negócio para Goiás do que a venda da Celg em 2019, quando Goiás assumiu um passivo da empresa que quase chega a R$ 7 bilhões. O governador Ronaldo Caiado comemorou: “Fizemos a tarefa de casa”.

“Tudo será investido imediatamente no déficit que nós temos na previdência”, destacou o gestor. O governador anunciou que vai encaminhar para a Assembleia Legislativa um projeto que retira a cobrança de 14,25%, referente à contribuição previdenciária de todos os aposentados do serviço público do Estado que tenham rendimentos de até R$ 3 mil. A proposta é desonerar quem têm menor renda.

O governador comparou o leilão atual com o que foi feito na gestão do PSDB em Goiás. A Celg Distribuição, de maior porte que a privatizada hoje, foi vendida em 2016 por R$ 1,1 bilhão e contraiu uma dívida de quase R$ 7 bilhões aos goianos. “Hoje vendemos uma parcela, a Celg T, por valor superior. Isso mostra quando um Estado é bem administrado, e quando se tem respeito para com bem público”, disse Caiado.

O leilão, realizado na Brasil, Bolsa, Balcão (B3 S.A), em São Paulo, foi arrematado pela Pequena Central Hidrelétrica, controladora da EDP. “A função do Estado não é competir com a livre iniciativa, somos parceiros, e assim os tenho”, enfatizou Caiado ao cumprimentar a vencedora e estender o convite para que mais empresas se instalem em Goiás. “Acreditem no nosso Estado, que respeita a iniciativa privada e que cumpre com a sua responsabilidade de proporcionar segurança a todos que ali investem.”

Diretor-presidente da EDP, João Marques da Cruz classificou o arremate do leilão como uma oportunidade de investimento e de lucros. “É um ativo importante para o país e, por isso, entendemos que podemos somar e contribuir para que a empresa, que é boa, fique ainda melhor”, afirmou. “Vamos conseguir rentabilizar com grande qualidade operacional”, planejou. “Estamos implementando uma estratégia forte, de aposta no mercado brasileiro e de aposta nas redes”, completou o representante da empresa vencedora.

A empresa vencedora assume as obrigações da companhia, como pagamento de salários e benefícios aos funcionários. A Celg T detém a concessão de mais de 755 quilômetros de extensão de linhas de transmissão, com contratos de concessão com prazo final entre 2043 e 2046 e 12 subestações próprias, com receita anual permitida (RAP) de R$ 216 milhões. O leilão do braço de transmissão da Celg atraiu grandes grupos do setor elétrico por ser um negócio atrativo e de baixo risco.

A Celg Transmissão S.A (Celg T) é subsidiária de transmissão de energia elétrica e está sediada em Goiânia. O leilão, no modo alienação fiduciária em garantia de 100% das ações ordinárias de emissão, teve outros três lances: Cymi Construções e Participações (R$ 1.6 bilhão), Mez T3 Transmissora de Energia Elétrica (R$ 1.535 bilhão) e Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - CTEEP (R$ 1.504 bilhão). Todos acima do valor mínimo, estipulado em R$ 1,1 bilhão.

O secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, explicou, em números, quão positiva foi a venda de hoje em relação ao negócio fechado pelo governo anterior, quase cinco anos atrás. “A diferença é grande, especialmente quando os rendimentos são comparados. A Celg D era detentora de uma receita anual de cerca de R$ 10 bilhões, enquanto a Celg T, R$ 280 milhões”, explicou. Na primeira, o lucro da então gestão estadual foi de R$ 1,1 bilhão. Agora, é de R$ 1,977 bilhão.

Aos novos investidores, garantiu que Goiás é um dos estados com maior potencial no Brasil. “Em pouco tempo vamos liderar esse país, não só na área de infraestrutura de energia, mas em todos os setores que vão permitir esse reconhecimento do grande Estado que temos”, projetou o titular da SGG.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias