O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta quarta-feira, 30, que nunca foi consultado por outros membros do governo sobre a agenda de revisão de gastos, assunto em que Lula e a equipe econômica vêm sendo pressionados pelo mercado financeiro, a ponto do dólar saltar para R$ 5,77 às 12h23 desta quarta-feira, 30. Segundo ele, não há debate no Executivo sobre corte de recursos de benefícios como seguro-desemprego e abono salarial.
Segundo Marinho, se nunca discutirem com ele, essas medidas não existem. Se ele é responsável pelo tema trabalho e emprego (esse debate não existe), a não ser que o governo o demita.
Questionado se poderia pedir demissão caso as medidas avancem, o ministro respondeu que se ele for agredido, é possível.
Marinho afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem repetido que os recursos orçamentários serão buscados onde “eles existem, e não no pelo, nas costas, ou no lombo do trabalhador”. Segundo ele, o debate sobre corte de benefícios está limitado aos técnicos.
Ele disse ainda que seguro-desemprego e abono salarial não podem ser considerados “despesas”. "O que é despesa? Coisa desnecessária, se tiver coisa desnecessária tem que cortar", avaliou. O ministro reforçou que o combate às fraudes nas políticas públicas é obrigação de qualquer gestor.