Durante uma visita ao Centro de Operações Espaciais Principal da Telebras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as privatizações de empresas públicas, destacando os riscos que essas ações representam para a soberania do Brasil. Segundo Lula, empresas que atuam em setores estratégicos devem permanecer sob controle estatal para garantir a segurança e o bem-estar do povo brasileiro.
Lula argumentou que muitos países desenvolvidos, como Alemanha, França e Estados Unidos, mantêm certas áreas sob controle estatal para proteger interesses nacionais. Ele criticou a abertura indiscriminada do mercado, que muitas vezes favorece a entrada de produtos estrangeiros no Brasil, mas dificulta a exportação de produtos nacionais.
No início de seu terceiro mandato, em 2023, Lula retirou a Telebras da lista de empresas que seriam privatizadas pelo governo anterior. Ele destacou o papel crucial da Telebras na proteção contra o mau uso da inteligência artificial e na segurança dos dados da população brasileira. "Como é que um país que consegue ter uma empresa dessa qualidade resolve privatizá-la?", questionou o presidente, enfatizando a importância de manter informações sensíveis sob controle estatal.
Lula reforçou a ideia de que a Telebras deve servir ao povo brasileiro, contribuindo para a soberania nacional, o avanço tecnológico e a proteção de dados. Ele criticou a falta de orgulho nacional em algumas autoridades e governos passados, que, segundo ele, não reconheceram o potencial do Estado em promover o bem-estar da sociedade.
O presidente concluiu ressaltando que a Telebras é uma garantia de que o Brasil pode discutir e desenvolver inteligência artificial sem depender de outras nações. Sua visita à empresa foi um gesto simbólico para reafirmar seu compromisso com a soberania e o desenvolvimento tecnológico do país.