Home / Educação

EDUCAÇÃO

Mais de 10 milhões de brasileiros possuem problemas auditivos que podem levar à surdez total

No Brasil, mais de 10,7 milhões de pessoas tem deficiência auditiva. Desse total, 2,3 milhões têm o quadro mais severo da deficiência e 15% já nasceram surdos. Segundo o último estudo feito pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda, à surdez atinge 57% a mais, pessoas com 60 anos ou mais. Para homens a probabilidade de adquirir problemas auditivos é de 54% e para as mulheres é de 46%.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) existem 500 milhões de surdos no mundo e até 2050, haverá pelo menos 1 bilhão em todo o planeta. Desta forma, o dia 10 de novembro foi titulado como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, com o intuito de levar a população o conhecimento sobre as causas da surdez e como prevenir a doença.

A surdez

A surdez é a impossibilidade ou a dificuldade de ouvir. Geralmente é causada por danos no nervo ou no ouvido interno. Essa deficiência pode ser causada por algum defeito congênito, lesão, doença, medicamentos, exposição a ruídos altos ou desgaste relacionado à idade. O principal sintoma é a incapacidade de ouvir sons. Para definir a surdez existem cinco tipos, que são classificadas desde a perda de audição significativa ou total.

Especialistas afirmam que a surdez é provocada quando há casos de surdez na família, nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, uso de antibióticos tóxicos ao ouvido e de diuréticos no berçário, infecções congênitas, principalmente, sífilis, toxoplasmose e rubéola. Pode ser também pelo acúmulo de cera de ouvido, infecções (otite) ou imobilização de um ou mais ossos do ouvido. Para esses casos o tratamento é feito com medicamentos ou cirurgias.

Segundo a fonoaudióloga Bruna R. S. Bangoim, evitar ambientes e situações que te exponha a altos ruídos é a melhor forma de evitar a surdez. Além de usar equipamento de proteção a ruídos, como EPIs e realizar acompanhamento anual de sua saúde metabólica (Otorrinolaringologista) e não colocar objetos nos ouvidos.

Ela explica que existem pessoas mais suscetíveis a desencadearem à surdez e ressalta o que é preciso fazer após um diagnóstico. "Pessoas com disfunções metabólicas como diabetes, hipertensão, usuárias de medicamentos ototóxicas (drogas ototóxicas são aquelas capazes de lesar estruturas da orelha interna, impactando negativamente suas funções auditiva e do equilíbrio), com histórico familiar de perda auditiva, expostas a altos ruídos diariamente e recorrência de otites", são mais suscetíveis, afirma.

O primeiro sintoma para percepção de deficiência auditiva é a queixa de ouvir e não compreender, seguindo por dificuldade na percepção do som e sua localização sonora. Para esses casos, a especialista alerta a procura imediata de Otorrinolaringologista.

Cada caso é singular, por isso é preciso fazer um diagnostico para entender qual será o tratamento adequado, qual o grau de deficiência auditiva (leve, moderada, moderadamente severa e profunda ou anacusia - surdez). Após avaliar o caso específico é indicado aparelho auditivo sonoro individual (AASI) ou implante coclear (indicado em caso de surdez).

"Hoje a deficiência auditiva alcança mais de 10 milhões de brasileiros, muitos deles protelam a ideia de uma reabilitação auditiva adequada. Atualmente demoram em média 7 anos para adaptar a prótese auditiva, isso dificulta a reabilitação do paciente. Devemos estar atentos a prevenção: realizar o teste da orelhinha em recém nascidos, exames audiométricos anuais, evitar o uso de medicamentos ototóxicos dentro da possibilidade de troca do uso da droga, evitar exposição a sons altos e fones de ouvido com amplificação máxima". concluiu.

Para o combate e a prevenção da surdez, há também o direito a inclusão e o acesso ao desenvolvimento das comunidades surdas. A língua de Brasileiras de Sinais (LIBRAS) é fundamental para o desenvolvimento dos aspectos sociais e emocionais do deficiente auditivo e de todos. O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez é uma forma de inclusão, que ressalta a importância da participação de todos que fazem parte do convívio de pessoas surdas, que a cada dia enfrentam dificuldades de si comunicarem e relacionarem.

Leia também

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias