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ENTRETENIMENTO

A CARIDADE FEZ CHORAR O CINEMA

A terça-feira (28) foi mar­cada por uma impor­tante exibição no cine­ma nacional. Goiânia foi incluída na estreia do documentário João de Deus — O Silêncio é uma Pre­ce, dirigido pelo cineasta Candé Salles com roteiro elaborado pela jornalista do DM Edna Gomes. De­zenas de pessoas, amigos, familiares e autoridades foram prestigiar o longa­-mentragem exibi­do no Lumière.

A comoção to­mou conta do ter­ceiro do andar do Shopping Bouga­inville quando sub­-repticiamente sur­ge a figura de João de Deus em dire­ção à entrada do cinema. As câme­ras das tevês e jor­nais locais seques­travam a imagem do maior médium de cura do Bra­sil da atualidade, e que não acei­ta nenhum personalismo nesta questão ao deixar claro: “Eu não curo nin­guém. Deus é quem cura”.

Mesmo ele can­sado após a viagem que fizera, em se­gredo, para ir assis­tir à estreia, João Tei­xeira de Faria atendeu o público local e fez a distribuição de abraços exigidos e cedeu, com humor e cari­nho, as entrevistas requisitadas pela insistência da imprensa goiana.

O ABRAÇO CHEGOU

A secretária de Estado da Educa­ção, Cultura e Esporte, Raquel Tei­xeira, chegou em seguida e deixou para João de Deus o abraço do go­vernador Marconi Perillo, que não pôde comparecer por estar atual­mente envolvido nas questões do PSDB nacional. “Estava conversan­do com João sobre o abraço que o governador o enviou. O João tem muito carinho por Marconi, é como se fosse um filho para ele. Dona Maria [Pires Perillo] também era conhecida e por isso há uma forte ligação espiritual entre eles”, decla­rou Raquel, que também é de berço espiritualista, filha de Maria Anto­nieta Alessandri, fundadora da Ir­radiação Espírita Cristã, em Goiás. Foi a primeira vez que Raquel Tei­xeira encontrou-se com o médium.

À POLTRONA

“Eu havia feito um documentá­rio – Para Sempre Teu, Caio F. – so­bre o escritor gaúcho Caio Fernan­do Abreu e eu adorei essa coisa de registrar a vida das pessoas. Con­versando então com vários amigos, um de São Paulo comentou sobre o João de Deus, se eu o conhecia. Eu disse que não. E então ele me fez um relato que a medicina havia dado, para a esposa dele, apenas quatro meses de vida e foi quan­do ele procurou o médium João e a esposa dele está viva até hoje, isso faz 20 anos. Achei curioso, come­cei a ler e estudar e falei: — esse será meu próximo filme. Sobre um ho­mem que faz o bem para a huma­nidade, detalhou o cineasta Can­dé Salles para o Diário da Manhã.

A jornalista Edna Gomes rela­tou essa experiência para o cine­ma: “Foi um grande prazer estar ao lado de Candé e fazer este ro­teiro, deste homem que eu admi­ro e estou junto com ele na Casa de Dom Inácio há cinco anos. É como eu costumo dizer: ele é o João. E es­tamos muito felizes em poder rea­lizar esta missão”, relatou a agora roteirista, visivelmente emociona­da ao segurar o microfone e dar a palavra para João de Deus, que foi aplaudido pela plateia alvoroçada.

O médium deixou breves pala­vras, quando demonstrou sua sim­plicidade, até linguística, de menino do interior de Goiás, nascido em Ita­paci para uma grande missão espiri­tual que comove os olhos do mun­do há cerca de 60 anos.

COMEÇA O FILME

O longa-metragem abriu com a cena da meditação de uma mu­lher, concentrada frente a belíssi­ma imagem de um sol poente que desenhou um crepúsculo quente avermelhado no rosto da plateia. E surge o título O Silêncio é uma Prece.

A cena some e surge, pois, João de Deus, na direção do seu carro no interior, cumprimentando as pes­soas de Abadiânia rumo à sua jor­nada diária de auxílio ao próximo.

Candé Salles coroou o roteiro de Edna Gomes e mostrou que tudo se trata de jornada, caminhada, esco­lhas e sacrifícios na vida de criatu­ras como João de Deus. Ao longo do documentário, que retrata fiel­mente a rotina pesada de trabalhos mediúnicos e cirurgias espirituais atendendo milhares de pessoas, Candé trouxe a intimidade de João como nunca vista: um homem co­mum, com suas paixões, que apro­veitou a vida, responde pelos seus atos e no auge dos 75 anos opera uma missão da qual não se vanglo­ria — ao contrário — sustenta que tudo é por conta do Grande Criador.

Após 1h40 de filme, subiram os créditos finais. A plateia se elevou em aplausos a João, em lágrimas.

Meu filho, você vai fazer um filme sobre a verdade?” João de Deus para o cineasta Candé Salles, durante viagem de curas espirituais pela Suíça, onde o diretor recebeu o aval para a filmagem completa dos trabalhos do médium na casa de Dom Inácio de Loiola, exibidas sem rodeios no documentário

 PLATEIA DE INTERESSADOS E CURIOSOS

 LEGIÃO ESTRANGEIRA DO BEM OCUPA AS FILEIRAS DO LUMIÈRE PARA A EXIBIÇÃO

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