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Quinta edição do Motim Cultural no Centro de Convivência da UFG

Rodas de conversa, ofici­nas, varal de artes po­pulares, exposições, música, tudo isso no V Motim Cultural UFG. O evento aconte­cerá hoje (13), na Universidade Federal de Goiás. Em sua quin­ta edição, o Motim traz como eixo temático pautas das mu­lheres. Dentro da programação existe uma proposta de quebra de rotina, onde os participan­tes são instigados a sair de suas “zonas de conforto” e experi­mentar a diversidade que é ine­rente à realidade do campus. “Propagar e defender a arte po­pular passa por acolher as his­tórias e valorizar a vida e o tra­balho daquelas são a base da vida em si – e da sociedade in­teira: as mulheres, as que mo­vem o mundo”, anuncia a orga­nização do evento.

Recentemente, têm sido re­latados, visibilizados e denun­ciados vários casos de violên­cia e abusos contra mulheres em festas e eventos culturais ou envolvendo homens da cena cultural goiana. É por isso que nesse V Motim Cultu­ral, inspiradas por essa movi­mentação que começou na in­ternet, mas já se propaga por vários meios sociais, o coleti­vo traz à tona esse debate tão importante socialmente que é a luta e o enfrentamento às violências contra as mulheres. “Nesse contexto, precisamos discutir sobre a necessidade de criar eventos e espaços que es­tejam atentos para a segurança das mulheres”, diz o coletivo.

O coletivo que organiza o evento explica como se dá a proposta de ocupação cultu­ral da universidade e a temática desta edição: “Durante o Mo­tim, ocuparemos mais uma vez o espaço da universidade para dar visibilidade ao tema, abrir espaços de denúncias e cons­cientização, criar um ambiente de cuidado, segurança e acolhi­mento a todas as mulheres que são cotidianamente silencia­das e violentadas por homens que muitas vezes estão em seus círculos de amizades, que fre­quentam os mesmos rolês e permanecem impunes quando são denunciados”.

Para o encerramento do evento, um momento de ludici­dade e celebração com a parti­cipação do grupo Cocada Coral. O grupo Cocada Coral é forma­do por Brunna Curupira, Flávia Carolina, Nathalia Kaule, Sarah Menezes e Thaísa Idelmina, to­das cantoras e musicistas. Tem em seu repertório músicas au­torais, arranjadas por elas mes­mas, com nítidas influências das expressões tradicionais. A pesquisa do grupo encontra suas referências fundamentais nas linguagens das manifesta­ções populares – como maraca­tu, boi, coco, ciranda dentre ou­tros – e alia este conhecimento às técnicas de composição e à multiplicidade de informações oferecidas pelo ambiente cultu­ral da cidade. Cinco mulheres, cinco corpos, cinco histórias de vida totalmente distintas e é nessa diversidade que o gru­po apresenta suas composições e um show que promete rachar o asfalto.

HISTÓRIA DOS AMOTINADOS

O Motim Cultural surgiu na Universidade Federal de Goi­ás em dezembro de 2013 como um evento, com a proposta de colocar em prática os conheci­mentos teóricos aprendidos na academia, buscando também a interação interdisciplinar dos estudantes da UFG. Em 2015, os organizadores desse even­to formaram o Coletivo Motim Cultural, que realiza eventos como próprio Motim Cultu­ral UFG, mas também a Sema­na de Arte Popular de Goiás (SAPo) e outros, dentro e fora dos espaços acadêmicos.

O Coletivo Motim Cultural é formado por um grupo de artis­tas, educadores, estudantes, pen­sadores e produtores que buscam desenvolver ações de integra­ção e reflexão por meio da arte. Eles acreditam na importância social de gerar esse movimen­to na universidade para comba­ter opressões, socializar e valori­zar diferentes culturas e saberes e incentivar o respeito à diversi­dade. Atuando nos seguimentos de Arte, Cultura e Educação, sua intenção é cada vez mais atingir pessoas de todas as áreas do co­nhecimento e de todas as esfe­ras da sociedade, estando sempre preocupados em criar espaços abertos à diversidade, onde se possa discutir, pensar, refletir, tro­car experiências e fazer arte.

Data: 13 de dezembro

Local: Centro De Convi­vências da UFG (ponto de referência: Banco do Brasil) - Campus II

Entrada Grátis

 Roda de conversa com o tema “Segurança, acolhimento, visibilidade e denúncia: enfrentamento às violências contra as mulheres”

Mediadora da conversa: Geovanna de Castro, bacha­rel em História e fotojornalis­ta formada pela Escola Gris Art de Barcelona, além de ser percussionista e presidente da Associação Coró de Pau. Um dos projetos que coordena é o “Coró Mulher”, um bloco com cerca de 50 mulheres envol­vidas, criado com o intuito de buscar mais espaço para as mulheres na cultura popular.

Descrição: Recentemente, tem sido relatados, visibiliza­dos e denunciados vários ca­sos de violência e abusos contra mulheres em festas e eventos culturais ou envolvendo homens da "cena cultural" goiana. Ins­pirada por essa movimentação, a roda de conversa propõe tra­zer à tona o debate sobre violência contra as mulheres. Quere­mos conversar sobre como criar estratégias para o acolhimento das vítimas, para o enfrentamento das violências cotidianas e para promover maior conscientização sobre o assunto. “Como agir em casos assim?”, “como denunciar?”, “como se proteger?”, “onde buscar ajuda?”, “o que é abuso psicológico/físico?”. Dian­te de tudo isso, precisamos refletir sobre a necessidade de criar eventos e espaços que estejam atentos para a segurança das mulheres, sejam eles festas, shows, calouradas, saraus, etc.

PROGRAMAÇÃO

9:00 – Início da montagem do Varal das Artes populares (desenhos, poesias, exposições intera­tivas) que irá permanecer durante todo o even­to–traga sua contribuição ou faça na hora, terá material disponível!

9:30 – Roda de conversa com a Geovanna (Asso­ciação Coró de Pau)–Segurança, acolhimento, vi­sibilidade e denúncia: enfrentamento às violências contra as mulheres.

14:00 – Oficina de Maracatu com a Marina Duar­te e a Sarah Menezes.

16:30 – Roda de cuidado entre mulheres e prática de Técnica de Redução de Estresse (TRE) com a Sabiá.

18:00 – Encerramento – Momento de Ludicidade e celebração com música do grupo Cocada Coral

OBS: não é preciso fazer inscrição para as rodas e oficinas, pedimos que cheguem com 15min de ante­cedência para manter os horários da programação.

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