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Novo livro de Olen Steinhauer

Um dos melhores escritores de espionagem contemporâneos, au­tor de best-sellers como O turista, Olen Steinhauer saiu da sua zona de conforto em Um jantar entre espiões, que chega às livrarias pela Record em abril. Se nos romances do gênero es­tamos acostumados a ver ação, aven­tura e agentes que viajam pelo mun­do, neste livro o enredo praticamente todo se desenvolve em torno de uma mesa de jantar.

A trama começa em 2006, quan­do um sequestro de avião no ae­roporto de Viena acaba numa tra­gédia de grandes proporções, com 120 mortos. Anos depois, com a aju­da de um informante, descobre-se que um traidor num posto avança­do da CIA pode ter contribuído com os terroristas. Na época, os agen­tes Henry Pelham e Celia Harrison trabalhavam juntos no escritório austríaco da CIA. E também eram amantes. Logo depois do trágico atentado, ela decidiu abandonar a vida no serviço secreto para se ca­sar e ter filhos, enquanto ele seguiu trabalhando na agência.

Nos dias de hoje, Henry é in­cumbido de investigar e descobrir quem é o tal traidor. Para isso, via­ja até a cidadezinha de Carmel-by­-the-Sea, na Califórnia, onde Celia mora hoje com o marido e os dois filhos, e a encontra para um jan­tar. Ali, com os dois personagens sentados frente a frente, Steinhauer constrói um interessante jogo de manipulação, verdades e menti­ras. Alternando as perspectivas dos personagens, ele cria um clima de suspense que deixa o leitor até o fim querendo saber quem é o trai­dor; mas também aprofunda suas nuances e explora questões sobre a relação entre a espionagem e os re­lacionamentos pessoais.

Um jantar entre espiões já teve seus direitos vendidos para o cine­ma. O filme, que ainda entrará em produção, será dirigido por James Marsh (de A teoria de tudo) e pro­tagonizado por Michelle Williams e Chris Pine.

TRECHO:

“Ela fala fluentemente e sem res­trições, dando voz a Celia 1, a mu­lher que sabia como controlar uma conversa desde o começo até sua inevitável vitória ao fim dela. A Ce­lia que sabia como contar uma his­tória, inventar detalhes de última hora, e atraí-lo a um labirinto de fa­bricações composto de tanta au­tenticidade que você nunca, nem mesmo anos depois, saberia se ti­nha sido feito de bobo.

O que me faz pensar sobre as diferenças entre essas duas mu­lheres. Há alguma? Celia 1 era uma manipuladora profissional, enquanto Celia 2 é desconcertan­temente sincera, o que leva à sus­peita inevitável de que Celia 2 é a falsa, um fantoche cujos fios es­tão sendo cuidados e controla­dos pela mulher com quem um dia dividi a cama.”

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