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100 ANOS de MARIA ANTONIETA ALESSANDRI

 Benfeitora, Maria Antonieta fundou 16 obras filantrópicas espíritas que, hoje, atendem cerca de 8.000 pessoas carentes. Seu lema era ter as mãos molhadas de suor e abundantes de caridade

Começa, hoje, a 1ª Mostra Cultural Espírita Maria An­tonieta, organizada pelo centro espírita Irradiação Espírita Cristã, para celebrar o memorial de 100 anos da benfeitora que é a segunda fundadora da instituição.

O evento, que dura até amanhã (20), tem programação voltada para todo tipo de público. O tema cen­tral é: Nada resiste ao trabalho, que pautará diversas atividades artísti­cas e culturais, oficinas de arte, mo­mentos de convivência, almoço e uma série de palestras que serão ministradas por nomes conheci­dos e renomados no Brasil.

José Leopoldo da Veiga Jardim, o Juquinha, atual presidente da Ir­radiação Espírita Cristã, explicou ao Diário da Manhã que “Maria Anto­nieta foi uma das pioneiras da Irra­diação e legou uma série de obras e ações sociais ao longo dos 28 anos à frente da instituição. As várias obras atendem desde o recém-nascido até o idoso carente.”

Atualmente, a Irradiação man­tém duas escolas: o Instituto Edu­cacional Emmanuel, com média de 200 alunos e a Escola Espírita Tenda do Caminho, com 1000 alu­nos, do 1º ao 9º ano do fundamen­tal. Três creches, hoje conveniadas com a Prefeitura de Goiânia: o CEI Lar de Matilde, com 234 crianças, no setor Santa Genoveva. CEI Casa Alvorada Cristã, com 120 crianças, no setor Negrão de Lima e o CEI Obra do Berço, com 80 crianças, na Vila Nova, na Rua 200.

A Irradiação também realiza trabalhos sociais nas periferias, como a Casa de Batuíra, no Re­canto das Minas Gerais. O desta­que das operações sociais da Irra­diação é o foco na área doutrinária, tanto na parte dos estudos, quan­to no atendimento espiritual, onde, hoje, auxilia mais de 600 pacientes.

Além da difusão da filosofia Es­pírita, por meio do ESDE, os Estu­dos Sistematizados da Doutrina Espírita, que tem mais de 500 alu­nos ativos, acontecem também re­uniões públicas semanais que tra­zem palestras com a temática cristã. “É uma instituição que se projeta como divulgadora da doutrina Es­pírita, apoiada neste trabalho social. Isso se deve, e todos reconhecem, ao impulso inicial dado por Ma­ria Antonieta”, registrou Juquinha.

Ao longo de sua vida, Maria An­tonieta construiu relações com toda a sociedade política e artística de Goiás e usou esta teia de influên­cias para ampliar o atendimento aos mais necessitados e garantir os recursos à comunidade carente que ela passou a atender, sempre apoia­da por voluntários que seguiam suas orientações. A informação é da sua filha, a ex-secretária estadual de Educação Raquel Teixeira.

A ex-deputada federal, que segue passos semelhantes ao da mãe, em­bora na esfera política e da Educa­ção, confidenciou ao Diário da Ma­nhã detalhes da vida sua mãe.

VIDA E OBRA

A dedicação de Maria Antonie­ta às obras educativas e sociais co­meçou na juventude, narra Raquel. Junto com outros abnegados espí­ritas, fundou a Irradiação que ge­rou a supracitada rede de projetos filantrópicos. Nascida em Monte Alegre, no Triângulo Mineiro, em 20 de maio de 1928, ela cursou o 1º grau na cidade natal e concluiu o Magistério em Uberlândia. Aper­feiçoou-se em Educação e Peda­gogia em Belo Horizonte e estagiou no Instituto Pestalozzi, cuidando de crianças portadoras de necessida­des especiais, sob a orientação da professora Helena Antippof.

Posteriormente, ela também formou-se em Pedagogia pela Uni­versidade Federal de Goiás, em Goiânia, e em Filosofia, na cidade de São Paulo, sob orientação do professor Huberto Hoden.

“Às vezes ela ia andar nas esqui­nas e periferias para ver as crian­ças e as necessidades dos lugares e das ruas”, conta Raquel Teixeira.

“No último dia de vida, durante encontro de representantes espíri­tas com o então governador Alcides Rodrigues, ela comunicou a primei­ra-dama Raquel Mendes Vieira Ro­drigues, que um certo bairro preci­sava de uma creche. Dona Raquel confirmou que iria arranjar os re­cursos para a construção da obra e minha mãe foi embora a pé, bem­-humorada e despachada, como sempre foi”, continua.

“Mais tarde, um telefonema co­municou-me que minha mãe sen­tiu uma dor no peito. Avisei que es­tava a caminho. Quando a moça voltou do telefone, para avisar que eu estava a caminho, ela [Maria Antonieta] disse: — Abre a porta para ela entrar. Eu acho que já es­tou indo. — Virou para o lado, e foi. Aos 91 anos”, relembrou a filha. Na ocasião, o Diário da Manhã anun­ciou, na capa da edição do dia 16 de dezembro de 2009, o seguinte títu­lo, ao lado da foto de Maria Anto­nieta: Foi ser luz, e de fato, ela foi. O brilho do seu exemplo preserva ativas e funcionais todas as obras que ela iniciou, hoje, administra­das por amigos e voluntários.

Convidada pela organização, Raquel Teixeira vai ministrar, hoje, uma palestra sobre a vida de sua mãe (veja na tabela acima).

COMEÇA HOJE

Aprogramaçãoteminícioàs8h30, no auditório principal da Irradiação e em seguida, uma palestra de pon­ta com o escritor Roosevelt A. Tiago, com o tema A capacidade de supe­ração do espírito. Ele é considerado um dos grandes nomes da difusão da filosofia espiritualista organizada pelo professor francês Allan Kardec.

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