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Cuidados alimentares

  •  O diagnóstico correto pode proteger crianças de falhas nutricionais. Leite, peixe e arroz estão entre os alimentos mais relatados

Sem estatísticas ainda no Brasil, por ser uma doença que surgiu há mais ou menos cinco anos, a Food Protein-Induced Enterocolitis Syn­drome (Fpies) ou Síndrome da En­terocolite Induzida por Alimentos (Seipa) pode surgir já no primeiro ano de vida da criança e se caracte­riza por uma inflamação em gran­de parte do intestino, causada por alimentos.

É um tipo de alergia alimentar que tem como sintomas quadros de vômitos após duas a três horas da ingestão do alimento desen­cadeante. São vômitos tão impor­tantes que a criança fica com falta de líquido, entra em choque, des­maia e pode ser confundida com infecções graves.

Mas como descobrir que é um alimento o causador desses sinto­mas? A dra. Ana Paula Moschione Castro, membro do Departamen­to Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), explica que é muito difícil fazer o diagnóstico de Fpies na primeira manifestação. É a recorrência do sintoma que leva­rá o especialista a perceber – de fato – que não é um processo infeccioso, não é uma diarreia grave, e sim um processo de alergia.

Existem a Fpies aguda e crô­nica. A primeira é marcada por vômitos e desfalecimentos. Já a crônica tem um quadro com diarreia com sangue e dificulda­de de ganho de peso.

ALIMENTOS E TRATAMENTO

No Brasil, o leite é o alimento que maisdesencadeiaaFpies, seguidopor peixeseoarroz, especialmenteentreos orientais, um alimento que não cau­sa alergia, mas que na Fpies é relativa­mentefrequente. Éraraaalergiaamúl­tiplos alimentos.

O tratamento consiste em não in­gerir o alimento suspeito. “Nos casos deFpiescrônicapodeterum compro­metimento nutricional de moderado a grave. Não só retirar o alimento, mas fazero monitoramento para que tudo dêcertoeacriançatenhaumadequa­do desenvolvimento. Como vômito é um sintoma relativamente inespe­cífico, toda vez que a criança vomitar pode achar que é uma crise de Fpies. Então, é muito importante estar atento paranãoretiraralimentodemaisdessa criança”, alerta dra. Ana Paula.

É fundamental que especialistas que tratam da alergia alimentar co­nheçam a Fpies para estabelecer os diagnósticosdiferenciais. Éimportan­tesaberquenãosetratadeumaalergia com IgE mediada e, por isso, exames para ter diagnóstico são dispensáveis.

“É na avaliação clínica que perce­bemos a reprodutibilidade dos sinto­mas. Toda vez que se tem contato com o alimento causador a criança terá o sintoma. Nesse cenário, o alergista e o gastroenterologista trabalham muito bem juntos nesse diagnóstico e trata­mento. Os gastros são muito importan­tes, pois tem expertise para estabelecer outros diagnósticos diferenciais rela­cionados ao sistema gastrointestinal”, comenta a especialista.

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