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Projeto fomenta o teatro ao interior do Estado

O Projeto Oficina Teatro 6–"Pro­cesso de Criação do Ator no Método da Triangulação na Cena de La Fontaine", do Grupo de Theatro Arte e Fogo, começa nesta segunda-feira, 17 de setembro, em Corumbá de Goiás e se estenderá até marçodo ano que vem circulando em 15 municípios do Estado.

Além de apresentação de peças teatrais do grupo, o projeto vai ofere­cer também oficinas de teatro para a formação de atores locais, montagem de textos como resultado das oficinas comreferêncianas fábulasdeLaFon­taine e debates com as comunidades de cada município buscando tam­bém a formação de público.

O projeto tem o objetivo de pro­porcionar aos municípios do interior de Goiás o contato com o universo do teatro, aprofundando na arte da inter­pretação e concepção na construção de personagens. O método utilizado será o da Triangulação proposto por AnaMaeBarbosaqueconsisteemVer, ContextualizareFazer. Serãoutilizadas tambémtécnicasdeoutrosdramatur­gos e teatrólogos como o russo Cons­tantin Stanisláviski, a norte-america­na Viola Spolin e o Inglês Peter Brook.

Esta é a 6ª edição do projeto que tem como principal função favorecer a descentralização da arte, expandin­do as ações artísticas para as cidades do interior do estado de Goiás. O Ofi­cinTeatro 6 foi contemplado pelo Edi­taldeFomentoaosTerritóriosGoianos do Fundo de Arte e Cultura do Esta­do de Goiás 2017. Conta ainda com o apoio da Secretaria de Educação e Cultura e dos departamentos de cul­tura dos municípios contemplados.

A abertura será nesta segunda-fei­ra, dia 17, com a apresentação do es­petáculo“ODiadaCaça” doGrupode Theatro Arte e Fogo no Cine Teatro Es­meraldaemCorumbádeGoiásapartir das 3 horas da tarde, seguido de deba­te com a comunidade e artistas locais.

O grupo permanece na cidade durante 6 dias, até o dia 22, para a realização das oficinas com artis­tas locais que terá como resultado a montagem das “Fabulosas fábulas de La Fontaine”. A montagem será apresentada no final do projeto. Os interessados nas oficinas de teatro devem se inscrever na Secretaria de Educação Corumbá de Goiás.

OUTROS MUNICÍPIOS CONTEMPLADO

24/09/ à 29/09/2018 - Jaraguá 08/10 à 13/10/2018 -

Nerópolis 15/10 à 20/10/2018 - Rialma 22/10 à 27/10/2018

Ceres 29/10 à 03/11/2018 - Goianira 05/11/ à 10/11/2018

Piracanjuba 12/11 à 17/11/2018 – Morrinhos 19/11 à 24/11/2018

Jussara 26/11 à 01/12/2018 – Anicuns 03/12 à 08/12/2018

Indiara 10/12 à 15/12/2018 - Goianápolis 11/03 à 16/03/2019

Abadiânia 18/03 à 23/03/2019 - São Luiz de Montes Belos 25/03 à 30/03/2019

CONFIRA ENTREVISTA COM SÊMIO CARLOS, DO GRUPO DE THEATRO ARTE E FOGO

DM – Como nasceu o projeto?

Sêmio – O projeto é do Grupo de Theatro Arte e Fogo. Idealizei o proje­to a partir do meu trabalho de conclu­são do curso de Artes Cênicas da UFG, onde no TCC eu pesquisei os conteúdos e teorias da educadora brasileira Ana Mae Barbosa que é ligada as artes vi­suais mas fiz um recorte para as artes cênicas. É a metodologia da triangu­lação: ver contextualizar e fazer. Aí re­solvemos fazer o projeto no interior do Estado que é muito carente de cultura.

DM – Qual a expectativa de vocês com mais uma etapa do projeto?

Sêmio – A expectativa é a melhor pos­sível. Estamos já na 6ª edição. É um pro­jeto experimentado que já deu certo. É um projeto completo. Tem formação de plateia com debate depois das apresen­tações. Formação de ator. Circulação e montagem de espetáculos.

DM – Como vocês avaliam o projeto que já chega à 6ª edição?

Sêmio – Positiva. O Oficin Teatro tem o poder de reativar grupos que es­tavam inativos no interior do Estado. Também foram criados muitos gru­pos de teatro em vários municípios du­rante as 5 edições de projeto. O Oficin Teatro valoriza e estimula o artista no município onde ele mora. No encer­ramento do projeto eles são os prota­gonistas, já que são eles que apresen­tam, em cada município o espetáculo final como resultado das oficinas. Mui­tas pessoas que fizeram as oficinas em edições passadas hoje estão fazendo universidade de artes cênicas, se pro­fissionalizando na área teatral. A vida cultural nestes municípios por onde a gente passa também cresceu. Então é muito prazeroso fazer este projeto. Já fizemos com escritores goianos, Sha­kespeare e agora vamos fazer com as fábulas de La Fontaine.

DM – Com a sua experiência em 5 edições do projeto, qual radiografia você faz hoje do teatro no interior do Estado?

Sêmio – O teatro no interior é caren­te e muito precário. As pessoas não tem o hábito de ver teatro. Tipo assim: gos­tam mas não veem. Não sabem o que é. Mas nas cidades que nós já fizemos o projeto como Goianésia, Pirenópo­lis, entre outras, houve um crescimento cultural. Grupos voltam a atuar. Novos grupos são criados. Os artistas buscam se profissionalizar. Os artistas do inte­rior veem este projeto como uma nova oportunidade de fazer teatro. Porque o projeto oferece informação, conteúdo, teoria e técnica, tudo de forma gratui­ta. É tudo que eles precisam.

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