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ENTRETENIMENTO

Refletindo na rua

Em um mundo pós-apocalíp­tico, em que a arte e a poesia fo­ram banidas, três indivíduos er­rantes e marginalizados narram as próprias lutas. Discutem ra­cismo, intolerância sexual e re­ligiosa, passando pelo próprio conceito de nação e território. O trecho é parte do roteiro de “Mercúrio Retrógrado”, espetá­culo teatral da Indelicada Cia. Teatral que de hoje até terça-fei­ra (2) será encenado em ambien­tes urbanos de Goiânia. Todas as apresentações são gratuitas.

Hoje o espetáculo chega às 10h na Feira do Cerrado e às 17 horas na Praça do Sol. Mas até o final da pequena temporada vai pas­sar ainda pela Praça Joaquim Lú­cio, no Grande Hotel, na Avenida Goiás e na Praça Universitária. As sessões junto à cidade são uma das propostas da Indelicada Cia. Teatral para ocupar e redefinir o espaço de convívio do público e transformar a rua em palco e lo­cal de debate para apresentações artísticas e debates existenciais.

“Assim estamos quebrando o ritmo da vida cotidiana através da proposição de debater a liberdade em tempos de crise de comunica­ção e ideais”, explica um dos atores da peça, Evandro Costa. Comple­tam ainda o elenco o ator e diretor João Bosco Amaral – que também assina a direção – e Ricardo Fiuza.

LIBERDADE

A peça é uma obra que bus­ca trabalhar o tema da liberdade humana, em todas as suas esferas (política, artística, sexual e religio­sa) através dos arquétipos da cul­tura marginalizada, partindo de uma dramaturgia não-linear (pós­-dramática) construída a partir de diferentes contextos para narrar a luta de minorias.

A dramaturgia do espetáculo foi desenvolvida entre atores e direção, tendo como base a obra do drama­turgo mineiro João Santos. Porém, o espetáculo ainda possui influências de textos de outros autores, como Shakespeare, Heiner Muller, Fer­nando Pessoa, Sócrates, Gonzagui­nha, textos bíblicos, entre outros.

“Temos como mote falar da liberdade, tendo como pano de fundo artistas de teatro buscan­do encontrar, por meio de seu ato criativo, a própria liberdade de criação e as dificuldades desse processo. Isso diante de tantas de­mandas que levam a arte ao pata­mar de produto cultural e, assim, tornar-se objeto de consumo pa­latável, adequando-se à lógica da sociedade consumista em que vi­vemos”, argumenta Evandro Costa.

VEJA POR ONDE “MERCÚRIO RETRÓGRADO” VAI PASSAR

Hoje

10h - Feira do Cerrado

17h – Praça Tamandaré – Feira da Lua

Domingo

10h – Feira do Cerrado

17h – Praça do Sol – Feira do Sol

Segunda-feira (1)

9h – Praça Joaquim Lúcio

17h – Grande Hotel – Avenida Goiás

Terça-feira (2)

18h – Praça Universitária

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